O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (10/11) que o Brasil deve deixar “de ser um país de maricas” ao falar sobre como se deve enfrentar a pandemia da covid-19. “Tudo agora é pandemia. Tem que acabar com esse negócio. Lamento os mortos. Lamento. Todos nós vamos morrer um dia”, disse. A pandemia já matou mais de 162 mil brasileiros e infectou 5,6 milhões de pessoas.
“Não adianta fugir disso, fugir da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas”, afirmou o presidente. “Prato cheio para a urubuzada”, acrescentou em referência à imprensa, logo após pronunciar a frase.
A declaração foi dada em evento de retomada do Turismo. Durante a cerimônia, o chefe do Executivo ainda voltou a dizer que a pandemia foi “superdimensionada”: “Tenho sentimentos com todos que morreram, mas é superdimensionado. ‘Fique em casa, a economia a gente vê depois’. Afundaram vocês.”
O presidente criticou a atuação do Congresso e comparou sua gestão com como seria se Fernando Haddad (PT) ou João Doria (PSDB) fossem presidentes.
“Novas pesquisas ainda não comprovadas cientificamente mostram que só 5% das mortes foram causadas pela Covid. Tem que enfrentar, pô. É a vida. Como chefe de Estado, tenho que tomar decisões que não me deixaram tomar. O que faltou pra nós não foi um líder, mas foi deixar um líder trabalhar. Imagina se fosse o Haddad ou o governador de São Paulo no meu lugar. Seria igual à Argentina, onde as pessoas estão fugindo pro Uruguai ou pro Rio Grande do Sul. O parlamento tem sua culpa também. Ali tem uma corrente forte de esquerda, do atraso”, afirmou.