O projeto “Criando Unidades de Conservação no Semiárido” iniciou uma nova etapa com a realização de oficinas participativas em comunidades de regiões estratégicas do Sertão pernambucano. A iniciativa, que prevê a criação de seis novas Unidades de Conservação (UCs) no bioma Caatinga, começou esse novo ciclo ontem (07) com a primeira oficina no município de Carnaíba, no Sertão do Pajeú. A cidade, juntamente com Quixaba, poderá abrigar a UC da Serra da Matinha.
As oficinas têm o objetivo de construir, de forma colaborativa com a população local e representantes de diversos segmentos sociais, conhecimentos e estratégias voltadas à conservação da fauna e flora da Caatinga. O último encontro dessa série será realizado em Serra Talhada, no dia 18 de junho, onde está prevista a criação da Unidade de Conservação da Serra Verde. Triunfo, que também integra o Pajeú, será contemplada com a UC da Serra do Carro Quebrado.
“As Unidades de Conservação propostas nesse projeto são estratégias fundamentais para a conservação da nossa Caatinga, além de serem aliadas no enfrentamento aos processos degradativos e na implementação de políticas públicas que visam mitigar os impactos das mudanças climáticas, como a desertificação”, destacou Joaquim Freitas, coordenador geral do Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan), instituição responsável pela execução do projeto.
A analista ambiental Ana Célia Garcia, da Gerência Geral de Biodiversidade e Florestas da Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha (Semas), também reforçou a importância da iniciativa. “A criação de áreas protegidas no semiárido, região mais afetada pelo processo de desertificação no Estado, é essencial no combate às mudanças climáticas e na proteção da biodiversidade”, afirmou.
Além das UCs da Serra da Matinha (Carnaíba e Quixaba), da Serra Verde (Serra Talhada) e da Serra do Carro Quebrado (Triunfo), o projeto contempla ainda a criação de unidades nas seguintes localidades: Serra da Siriema (Santa Cruz e Parnamirim), Serra Comprida (São José do Belmonte) e Serra dos Almirantes (Orocó e Parnamirim).
Com foco na participação social e no diálogo com as comunidades, o projeto busca garantir que as Unidades de Conservação estejam em sintonia com os interesses e necessidades das populações que vivem em seu entorno, fortalecendo a preservação ambiental de forma integrada e sustentável.