As incertezas relacionadas ao Carnaval 2022 em Pernambuco provocaram audiência pública na Comissão de Educação e Cultura da Alepe, nesta quinta (9). Em evento virtual, representantes do Poder Público e da sociedade civil apontaram a necessidade de se pensar um modelo alternativo de folia, coerente com o momento epidemiológico e atento às necessidades das cadeias culturais e produtivas envolvidas.

Presidente do Galo da Madrugada, Rômulo Meneses estima que 40 mil pessoas sejam diretamente afetadas caso o bloco seja cancelado, sem contar os impactos no setor de turismo, como hotéis e restaurantes.

Para a epidemiologista da Fiocruz Fátima Militão, “não há cenário seguro para a realização do Carnaval”. A especialista disse compreender a preocupação da cadeia produtiva, mas alertou que o momento ainda é de incertezas. “Nossa cultura não pode ser homicida”, opinou.

O decreto do Governo do Estado em vigor permite eventos com até 7,5 mil pessoas. Mas fica o questionamento: que espaço serão disponibilizados para as festas populares e o público que não pode pagar?