A Praça Sérgio Magalhães, um dos cartões-postais de Serra Talhada, está vivendo uma situação alarmante que preocupa moradores e comerciantes locais. O que deveria ser um espaço de lazer e convivência familiar se tornou, um ambiente tomado pelo caos.
Com nudez, brigas, consumo de drogas e álcool a céu aberto, a praça está sendo comparada a uma verdadeira “cracolândia” pelos moradores, que agora evitam o local, principalmente durante a noite.
“Somos intimidados o tempo todo. Eles exigem comida, dinheiro para sustentar seus vícios. O comércio aqui está morrendo, as pessoas não querem mais parar, têm medo”, relata uma vendedora de cachorro-quente que trabalha à noite na praça.
A insegurança constante tem afastado não só os clientes, mas também as famílias que antes viam o local como um espaço para passear e socializar.
Durante nossa visita com meus filhos e esposa, testemunhamos a dura realidade: moradores de rua espalhados pelos cantos da praça e, em frente à Caixa Econômica Federal, ocupando a lateral do banco e seus arredores. Muitos estão permanentemente instalados, transformando a área em sua moradia – deixando de ser, de fato, uma situação de rua.
“Eles vivem nas praças, fazem sexo sem qualquer pudor, e nós somos obrigados a presenciar cenas degradantes enquanto tentamos simplesmente viver nossa vida”, desabafa uma moradora.
O uso de drogas é evidente, e o consumo de álcool, somado ao comportamento agressivo e intimidador, transforma a experiência no local em uma verdadeira ameaça à segurança pública. Garrafas de vidros espalhadas, discussões que rapidamente se tornam brigas, e o medo constante de uma situação violenta são a realidade diária. Não é incomum relatos de conflitos que terminam com pessoas feridas – veja o vídeo registrado em dezembro do ano passado.
Faz um bom tempo, que a situação já chegou ao conhecimento das autoridades. Recentemente, houve uma reunião entre os vereadores, dentre os presentes, estavam representantes da Guarda Municipal, CDL, Polícia Militar, Polícia Civil e Secretaria de Assistência Social.
Durante as primeiras tratativas a Polícia Militar se comprometeu a intensificar o policiamento motorizado das 4h às 8h da manhã, além de manter uma dupla de policiais na Praça Sérgio Magalhães durante o período das 20h às 0h.
“Mesmo com a chegada da polícia, continuam agindo como se nada estivesse acontecendo”, diz um morador.
A população clama por uma intervenção mais efetiva e imediata. “Se eles não aceitam a internação de forma voluntária, deve ser compulsória. Essas pessoas precisam de tratamento, pois a maioria é usuária de drogas e álcool. Não podemos aceitar que as ruas e praças da cidade se tornem moradias para pessoas que vivem dessa maneira”, afirma outro morador, destacando a urgência de uma solução.
A cobrança por uma ação firme das autoridades municipais e estaduais é constante. Os moradores pedem que Prefeitura, Ministério Público e órgãos de segurança se unam para encontrar uma solução rápida, antes que a situação se agrave ainda mais. A Praça Sérgio Magalhães, que já foi um lugar de convivência e orgulho para a cidade, hoje é um espaço marcado pelo medo e abandono.