Os policiais militares acusados de matar 14 pessoas em Milagres, incluindo o empresário serra-talhadense, João Batista; o filho dele, Vinicius de Souza Magalhães, 14 anos e os amigos Cícero, Claudineia, Gustavo; 8 suspeitos de ataques a bancos e 6 reféns foram autorizados pela Justiça Estadual a retornarem ao policiamento ostensivo no Estado – com exceção do Município onde aconteceu o episódio, em dezembro de 2018. Ao total, 19 PMs são réus por crimes ocorridos na Tragédia em Milagres.
A decisão que revogou as medidas cautelares impostas aos PMs foi proferida pela Vara Única da Comarca de Milagres, na última terça-feira (7). “No caso em testilha, as medidas foram deferidas para evitar a influência dos acusados sobre as testemunhas, considerando que boa parte dos réus é policial de elite. No entanto, a maioria reside e trabalha em Fortaleza. Além disso, não apresentam fatos desabonadores em suas fichas, muito pelo contrário”, considerou o juiz Otávio Oliveira de Morais.
“Por outro lado, impedi-los de exercer atividade ostensiva, além de gerar prejuízo financeiro aos réus, conforme por eles aduzido, gera prejuízo ao próprio Estado que fica impedido de utilizá-los em suas atividades fins, para as quais foram treinados com dinheiro público. Desse modo, entendo que é suficiente proibir os acusados de exercerem atividades ostensivas no Município de Milagres, onde residem as testemunhas”, finalizou o juiz.
15 policiais militares são réus pelos homicídios ocorridos em Milagres, na madrugada do dia 7 de dezembro de 2018. Outros 4 militares são réus por fraude processual, junto do então vice-prefeito de Milagres.
Informações Sertão Notícias PE