No final da tarde desta segunda-feira (29), voltamos a conversar com Dr. Aurinilton Leão – Promotor de Justiça de Pernambuco, com atuação na cidade de São José do Egito. Fizemos questionamentos sobre o formato da reunião e decisão tomada pelo Ministério Público, Cimpajeú, AMUPE e Governo de Pernambuco, em promover um isolamento mais rígido nos 13 municípios da região do Pajeú, ligados a 3ª circunscrição do Ministério Público.
Um dos questionamentos do blog foi a ausência de profissionais de saúde, representantes da classe empresarial e dos demais prefeitos.
“Tratou-se de uma reunião com os 13 municípios que compõem a região e é importante de lembrar que o modo de organização é por cada circunscrição e cada promotoria tem um limite territorial de atuação dentro da sua comarca”, explicou.
O promotor de justiça frisou, que a decisão de um isolamento social mais rígido foi provocada após análise de que as medidas tomadas pelo Governo de Pernambuco que estariam insuficientes para conter a cadeia de propagação do vírus.
“As atividades que geram o maior potencial de aglomeração, como comércio e feiras livres e serviços bancários, estas não estavam abrangidas pelo decreto estadual e havia essa necessidade imprescindível de uma parada”, explicou reforçando que o debate entre os prefeitos, AMUPE e Secretaria Estadual de Saúde centrou especificamente nesta insuficiência de resultados”, disse.
Em resposta às críticas mais duras, estas ecoadas por Luciano Duque (ex-prefeito de Serra Talhada) que sustentado por estudos científicos, tem defendido que isolamento social mais rígido no formato lockdown, só de 15 dias; Dr. Aurinilton Leão assegurou “que não se tratou de lockdow…essa importação de lockdow ela não é adequada”, sustentou.
Com o Pajeú ainda dividido, após vários episódios do ponto de vista político, social e econômico, provocados inicialmente após Sandrinho Palmeira (prefeito de Afogados da Ingazeira), expor desnecessariamente Márcia Conrado (prefeita de Serra Talhada), minimizou justificando:
“Não houve de nenhuma maneira, uma divergência entre os municípios e o estado, pelo o contrário; as atividades nos municípios foram complementares as medidas já adotadas pelo estado”, disse acrescentando que a iniciativa teve o apoio do Governador Paulo Câmara e de André Longo, Secretário Estadual de Saúde.
Ao fazer uma avaliação dos 5 dias de isolamento social mais rígido na região, Dr. Aurinilton garantiu que houve um excelente nível de adesão nos 13 municípios e que a análise mais precisa do impacto epidemiológico, só nas próximas semanas. O promotor de justiça defendeu prudência, equilíbrio e responsabilidade; classificou as discussões contrárias de ‘egoístas, político-partidárias e aconselhou: “que finquem em segundo plano”, finalizou.
ÁUDIO, CONFIRA!
