Carnaíba sediou nesta terça-feira (18), um novo encontro entre os prefeitos ligados ao Consórcio de Integração dos Municípios do Pajeú – CIMPAJEÚ, autoridades do Ministério Público de Pernambuco – MPPE e Secretários Municipais ligados às gerências regionais de saúde, (Arcoverde, Afogados da Ingazeira e Serra Talhada), que fazem parte do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU, a exemplo de Madalena Brito, Secretária de Saúde de Flores.

O encontro ocorreu logo após o blog noticiar, com exclusividade, a suspensão dos serviços em 7 (sete) municípios: Buíque, Ibimirim, Inajá, Jatobá, Pedra, Tacaratu e Venturosa e, teve como foco a discussão de uma nova repactuação de repasses entre os municípios, que ainda estão ofertando os serviços à população e claro, honrando com o pagamento.

O fato novo apresentado por representantes do CIMPAJEÚ, sobre a ausência de repasses por parte de do governo federal e estadual é a falta de habilitação de alguns municípios, que ainda não enviaram ao consórcio documentação como, alvarás de funcionamento e comprovação de pagamento de licenciamento dos veículos.

Em seguida foi apresentada planilhas com possibilidade de aumento diante da nova realidade financeira, com a garantia de que ocorrendo os repasses por parte do Governo de Pernambuco e Governo Federal, haverá uma nova repactuação de valores entre os municípios, o que foi de imediato questionado por Isaac Alisson, Secretário de Saúde de Arcoverde.

“Essa insegurança… são muitos ‘se’ que quando serão sancionados? Não estou criticando o SAMU, fiz defesa do serviço. Mas eu acho que temos que sanar esse ‘se’”, questionou.

A intervenção de Isaac foi rebatida por Artur Amorim, Secretário de Saúde de Afogados, que assegurou o pleno funcionamento SAMU ao detalhar 1657 atendimentos efetivados pelo serviço e alfinetou: “Agora é importante que se participe das discussões…estamos lutando desde 2014 e agora que conseguimos colocar em prática”, defendeu.

Artur ainda validou o modelo de consórcio, criticou a falta de repasse por parte do governo federal para custeio da saúde e acrescentou: “O ‘se’ vai sempre existir”. Artur ainda defendeu pressão junto ao ministério da saúde em Brasília; movimento que foi descartado pelos prefeitos, Anchieta Patriota (Carnaíba) e Adelmo Moura (Itapetim).

Anchieta, notoriamente contra o aumento, justificou ter um hospital municipal com 127 funcionários, com uma despesa fixa mensal de R $450 mil, sem ajuda do governo federal. O prefeito de Carnaíba ainda colocou que as emendas parlamentares é que tem ajudado no custeio dos serviços prestados pela unidade.

Anchieta ainda sugeriu criar uma equipe formada com os prefeitos para reavaliar os custos para funcionamento do SAMU e criticou os colegas gestores, que vão ao distrito federal. “Não precisamos gastar dinheiro com passagens para Brasília. É desnecessário essa ida a Brasília”, sustentou em direção a Artur.

Já Adelmo de Itapetim, mesmo sendo favorável ao aumento do repasse advertiu a forma que foi iniciado o serviço do SAMU.  “Eu acho que era para credenciar primeiro para depois iniciar o serviço”. Adelmo sugeriu provocar a bancada federal e alertou: “Vou assinar, mas quero um prazo. Só vamos assumir se puder pagar, paguei sem ter instalado em Itapetim mas paguei”, frisou.

Contrária às opiniões de Anchieta e Adelmo, Márcia Conrado (prefeita de Serra Talhada), disse que mesmo aumentado o repasse para R $260 mil, o SAMU continua sendo prioridade da sua gestão e sustentou. “Tivemos em Brasília sim e vejo agilidade nas nossas pautas…o SAMU continua sendo prioridade” afirmou em bom tom.

Os prefeitos têm um prazo de 10 dias para analisar o novo contrato de repasse, prazo estabelecido pelo CIMPAJEÚ, para assim dar início ao novo planejamento financeiro e operacional do serviço na região.

Prefeitos presentes: Márcia Conrado (Serra Talhada), Luciano Torres ( Ingazeira), Anchieta Patriota (Carnaíba), Ângelo Ferreira ( Sertânia), Adelmo Moura ( Itapetim ), Djalma Alves ( Solidão),  Zeinha Torres ( Iguaracy) e Zé Pretinho ( Quixaba).