Após uma série de reclamações na imprensa e redes sociais de candidatos que fizeram a prova e se dizem prejudicados no processo seletivo para o Hospital Geral do Sertão (HGS) e Hospital de Campanha em Serra Talhada, áudios que circulam nos grupos de WhatsApp levantam suspeitas sobre possível tráfico de influência cometido por integrantes da oposição da Capital do Xaxado.

Dois áudios vazados estão sendo amplamente compartilhados desde a manhã desta segunda-feira (27), envolvendo um vereador da oposição e um pré-candidato do mesmo grupo, gerando grande rebuliço na cidade. No primeiro áudio, o pré-candidato Ryncon diz que vai precisar tirar uma pessoa que vota nele para encaixar a filha de outra pessoa. “Eu vou ver aqui, eu vou ter que tirar uma pessoa minha, tem que tirar uma pessoa minha para encaixar essa filha sua aí, uma pessoa que vota em mim, veja só”.

Em outro áudio endereçado a um candidato não aprovado na seleção, o vereador de oposição, Pinheiro do São Miguel, sugere que o seu grupo político teria feito indicações de nomes para a seleção e que o suplente de senador, Waldemar Oliveira, teria levado a lista para a Casa Civil, ficando revoltado pelo fato dos pedidos do grupo não terem sido atendidos pelo Estado. “…Waldemar tá revoltado com a Casa Civil. A gente fez aqui umas ‘indicação’, claro para ficar entre a gente. […] A Casa Civil do Governo do Estado não teve essa consideração, Waldemar até disse “mandei nomes de pessoas… e não saiu ‘bicho’, a gente tá tudo arretado aqui, o grupo, quem o grupo pediu aqui não saiu não”.

Diante das denúncias dos candidatos que afirmam ter sido eliminados do processo seletivo sem critérios e dos áudios vazados na cidade, o Ministério Público de Pernambuco deverá ser acionado para investigar o caso.