Desde que o caso da morte do pequeno Arthur veio à tona, a internet se tornou palco de um verdadeiro tribunal popular. No domingo, quando nossa equipe fez o contato exclusivo com ela, seu perfil no Instagram, @sombra00_, tinha pouco mais de 135 seguidores. Hoje, já passa dos 200 mil. Mas, junto com essa explosão de seguidores, vieram também ataques, julgamentos e especulações.
Curiosamente, a conta de Giovana Ramos começou a crescer após um resgate de um vídeo, onde ela aparece com um filtro de chifres, que lembra a imagem do demônio, e em uma de suas lives, chegou a declarar sentir nojo do próprio filho. A repercussão foi imediata e gerou uma grande mobilização nas redes sociais, levantando debates sobre negligência familiar e a importância de denunciar casos de abuso contra crianças. A partir desse momento, o nome de Giovana ganhou ainda mais visibilidade, mas não por apoio — e sim por indignação. Sua conduta como mãe passou a ser amplamente questionada.
Diante da pressão, Giovana bloqueou os comentários no perfil e começou a fazer lives que chegaram a reunir mais de 3 mil pessoas simultaneamente. No entanto, a enxurrada de críticas e acusações pareceu pesar. Em sua última publicação, anunciou que a conta se tornaria um memorial para Arthur e se despediu:
“Esse perfil vai ser memorial do Arthur. Tchau. Não postarei nem respondo mais ninguém. Judas traiu Deus e eu sei minha consciência. Quem me conhece sabe.”
Em outra postagem, ela se defendeu das acusações de que teria abandonado o filho:
“Eu não abandonei meu filho, eu estava trabalhando. Eu errei em confiar nessa alma cebosa, eu não sabia que isso estava acontecendo. Eu tenho prova, eu tenho prova, que estava atrás do sustento para o meu filho. A culpa é deles, não minha. Pelo amor de Deus, eu não tenho cabeça mais para ler tanto comentário de gente que nem sabe a história. Eu não sabia que eles agrediam o meu filho, eu tenho todas as conversas no meu celular. Pelo amor de Deus, me deixem em paz”.
A internet se divide entre aqueles que demonstram apoio e os que seguem atacando. O que se vê é um fenômeno cada vez mais comum: uma tragédia pessoal se transforma em espetáculo.
No fim, fica a reflexão: o que move tantas pessoas a acompanhar esse caso? Empatia ou apenas a ânsia de apontar o dedo e condenar?