Em uma sessão extraordinária marcada para esta segunda-feira (22), a Câmara de Vereadores de Serra Talhada coloca em votação o Projeto de Lei 001/2024, que propõe um reajuste salarial de 3,62% para os profissionais do magistério. A informação foi confirmada pelos vereadores Nailson Gomes e pelo líder do governo, Gin Oliveira, este último enfatizando que a medida visa cumprir a legislação vigente.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintest) tem reivindicado um aumento de 15%, o que tem gerado um intenso embate político. Os governistas alegam que o sindicato possui uma composição com DNA oposicionista, com membros ligados ao deputado estadual Luciano Duque. Essa ligação, segundo aliados da prefeita Márcia, tem dificultado o diálogo com o governo, inclusive com a participação de um possível pré-candidato a vereador, o experiente advogado Dr. Jailson Araújo.
Por outro lado, defensores do deputado lembram de figuras como Júnior Moraes, ex-presidente do sindicato, aliado da prefeita Márcia e homem de confiança do ex-vereador Sinézio Rodigues.
Independentemente das ligações políticas, históricamente, os embates têm sido uma constante. A atual presidente do Sintest, Vera Lúcia, sustenta um discurso focado na defesa dos interesses da classe, reforçando que a luta é de todos.
Essa atualização/ajute do piso nacional, leva em consideração as estimativas de custos per capita do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para o ano de 2023.
No âmbito do Fundeb, as receitas, que experimentaram um crescimento superior a 33% em 2021 e quase 15% em 2022, sofreram uma queda significativa para pouco mais de 3% em 2023. Esse cenário torna a discussão em torno do reajuste salarial ainda mais sensível, colocando em destaque a necessidade de equilíbrio entre as demandas dos profissionais da educação e as limitações financeiras dos municípios.