O ambiente político de Serra Talhada está em efervescência com as movimentações para as eleições de 2026. De um lado, a prefeita Márcia Conrado (PT), vem enfrentando questionamentos devido a suas recentes alianças. Do outro, o deputado estadual Luciano Duque (Solidariedade), que busca expandir sua influência após seu filho, Miguel Duque, disputar a prefeitura em 2024 pela oposição, obtendo uma expressiva votação.
Recentemente, o apoio de Márcia Conrado ao candidato Vinícius Castello (PT) em Olinda causou polêmica. Vinícius, aliado do prefeito do Recife, João Campos (PT), foi derrotado no segundo turno das eleições municipais deste domingo (27). A presença de Márcia no comício de Castello foi alvo de críticas, já que o palanque do candidato era adversário da governadora Raquel Lyra (PSDB), de quem Márcia é aliada.
A imprensa local questionou o que essa postura de Márcia Conrado em Olinda poderia significar para o cenário estadual, principalmente considerando o fortalecimento de Raquel Lyra após as vitórias de seus aliados em cidades estratégicas como Paulista e Olinda – gerando especulações sobre uma possível ruptura.
No entanto, um membro da Casa Civil, que pediu reserva ao blog, negou qualquer possibilidade de afastamento de Márcia do grupo de apoio à governadora Raquel Lyra. Ao ser questionado sobre os rumores de que Márcia poderia abandonar o bloco governista estadual, ele foi enfático: “Márcia está fechada conosco. O problema é que a tropa dela vive sonhando, vendendo ela como vice em uma possível chapa de João Campos.”
Esse cenário levanta questões importantes para as eleições de 2026. João Campos, visto como um potencial adversário de Raquel Lyra na disputa pelo governo do estado, já articula sua base, e figuras como Márcia Conrado podem estar no centro de uma batalha por alianças. Embora a governadora Raquel Lyra tenha saído fortalecida das últimas eleições municipais, seu grupo político está atento às movimentações de líderes regionais, como a prefeita de Serra Talhada.
A grande questão que surge em Serra Talhada, portanto, é se Márcia Conrado permanecerá fiel à governadora Raquel Lyra ou se a aproximação com João Campos e o PT estadual pode alterar os rumos políticos da cidade e da região.