Durante audiência pública que ocorreu nesta sexta (31), César Kaíque criticou a situação do abastecimento de água em Pernambuco e defendeu a privatização da Compesa como solução para os problemas enfrentados pela população. Liderança política e aliado da governadora Raquel Lyra – César Kaique, em um momento de inserção governamental, o atual modelo de gestão é ineficiente e não garante um serviço de qualidade, apesar dos altos custos para os consumidores.
“O povo paga caro e a água não chega com um serviço de qualidade”, afirmou.
Kaíque propôs que a nova empresa privada fique responsável pela distribuição de água e saneamento, enquanto o Estado manteria a preservação dos mananciais, captação e tratamento da água. Ele acredita que esse modelo melhoraria o serviço e aceleraria as obras de saneamento e abastecimento no estado.
“Não tem outro caminho, nem meias palavras para defender o que a gente acredita. Alagoas, Rio de Janeiro, Ceará e o mundo já fizeram, mas Pernambuco ainda está no século 19, sem querer encarar a realidade”, argumentou.
Ele também lembrou que parte dos serviços da Compesa já foi concedida à iniciativa privada no governo Eduardo Campos, o que, segundo ele, prova a necessidade de mudança.
Atualmente, a Compesa arrecada R$ 2 bilhões por ano, mas ainda precisa de um aporte extra de R$ 350 milhões do Estado para cobrir custos administrativos. Com o ritmo atual de investimentos (cerca de R$ 400 milhões), Pernambuco não conseguirá atingir as metas de universalização do saneamento até 2033, conforme prevê o Marco Legal do Saneamento.
“Melhor que colocar afilhado político na Compesa é botar água na torneira das pessoas”, disparou.
Para Kaíque, a população não aguenta mais a falta de água e obras inacabadas espalhadas pelo estado. Ele cobrou do governo estadual uma postura mais firme para resolver a questão, com os ajustes e investimentos necessários para melhorar a vida dos pernambucanos.