No centro dos debates políticos pernambucanos, a administração do prefeito João Campos no Recife tem sido alvo de duras críticas por parte de deputados estaduais. Em sessão na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), os parlamentares não pouparam palavras ao expressar suas preocupações em relação a diferentes aspectos da gestão municipal.
O deputado Antônio Moraes (PP) foi incisivo ao condenar a decisão de desligamento das câmeras de trânsito e reguladores de velocidade na capital pernambucana. Moraes destacou que a medida, motivada por problemas na licitação do serviço, compromete a segurança viária e reflete diretamente na qualidade de vida dos cidadãos. O parlamentar ainda relembrou críticas anteriores direcionadas à governadora Raquel Lyra (PSDB), evidenciando a necessidade de uma postura consistente por parte dos representantes políticos.
Em resposta às denúncias, o deputado Sileno Guedes (PSB) tentou minimizar a gravidade da situação, argumentando que apenas 30% dos equipamentos foram afetados pelo desligamento. Contudo, a controvérsia permaneceu latente, com as preocupações dos cidadãos em relação à segurança pública ganhando destaque na discussão política.
Outro ponto sensível abordado na sessão foi a questão da educação municipal. O deputado Renato Antunes (PL) expressou sua reprovação em relação ao baixo percentual de entrega dos kits escolares aos estudantes das escolas municipais do Recife. Para Antunes, a falta de distribuição adequada dos materiais básicos de estudo representa uma falha de gestão que penaliza diretamente os alunos, privando-os de condições mínimas de aprendizado.
No entanto, Sileno Guedes novamente entrou em cena para rebater as críticas, alegando que o problema nos kits escolares se deu na produção do material, não na licitação para sua aquisição. A discussão em torno das políticas educacionais municipais ganhou fôlego com a comparação entre o desempenho da gestão municipal e estadual na oferta de materiais escolares.
O embate entre os parlamentares evidenciou as divergências em relação à administração municipal do Recife, com críticas contundentes e defesas vigorosas. Enquanto as preocupações se concentram em questões cruciais como segurança pública e educação, fica claro que a cobrança por transparência e eficiência na gestão pública continuará sendo uma pauta prioritária na agenda política pernambucana.