O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, na noite desta terça-feira (16), pela cassação do diploma de deputado federal do ex-procurador da República, Deltan Dallagnol (Podemos-PR), eleito para o cargo nas eleições de 2022.

A decisão pela derrubada do registro de candidatura de Deltan, que foi um dos responsáveis por coordenar a força-tarefa da Operação Lava-Jato, se deu a partir da observação do texto da Lei da Ficha Limpa.

Em 2021, Dallagnol pediu exoneração do Ministério Público Federal (MPF), quando enfrentava reclamações administrativas que poderiam resultar em sua demissão, o que o tornaria inelegível. 

Acontece que na votação de hoje, o tribunal entendeu que o agora ex-deputado federal pediu a exoneração justamente para se evadir de uma eventual penalização. Além disso, Dallagnol também foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em um processo que julgava o pagamento de supostas diárias a procuradores da Lava-Jato. 

A decisão foi tomada com base em dois recursos colocados contra a sua candidatura ainda no ano passado, ora acatados pelo tribunal: um pela coligação Brasil da Esperança, do presidente Lula (PT); e outra pelo PMN.