O cenário político em Tuparetama tem se tornado cada vez mais tenso e marcado por sinais evidentes de distanciamento entre o prefeito Diógenes Patriota e o ex-prefeito Sávio Torres, que governou o município por quatro mandatos.
Fontes ouvidas pelo blog sob reserva revelam que há um clima de insatisfação dentro da gestão atual. Um dos secretários da administração de Diógenes teria confidenciado que parte da equipe ameaça entregar os cargos diante do que chamam de “ausência” do prefeito na condução direta da gestão. Segundo o relato, a insatisfação gira em torno do suposto protagonismo da esposa de Diógenes e da cunhada, que foi nomeada secretária de Saúde mesmo residindo há 25 anos no Recife.
As críticas internas também refletem o temor de um desgaste político ainda maior na Câmara de Vereadores. O vereador Tanta Sales, aliado histórico de Sávio Torres, fez recentemente declarações nostálgicas sobre a gestão passada, afirmando que “éramos felizes e não sabia”. A foto do momento mostra ainda a presença da vereadora Fifita, também próxima ao ex-prefeito, e de Fernando Marques — ex-aliado de peso que hoje se encontra em silêncio, mas torcendo pelo fim do ciclo de Diógenes.
Atualmente, apenas os vereadores Vandinha e Arlã mantêm ligação direta com o prefeito. Entretanto, nas ruas e bastidores, a aposta crescente é de que Sávio Torres será candidato em 2028, retomando o protagonismo político da cidade.
Outro ponto que escancara o rompimento é a situação da nora de Sávio, que hoje está na direção do hospital local. Apesar do cargo, ela estaria isolada e sem autonomia. Vinícius, seu marido, comenta abertamente que Diógenes prefere que eles saiam do governo, mas permanecerão até o fim do mandato, prontos para lançar Sávio novamente como candidato.
Nos bastidores, Sávio já articula sua volta ao poder. Ele tem ventilado a possibilidade de disputar as eleições com Alexandre Galvão como vice, embora afirme que pode apoiar Galvão como cabeça de chapa caso ele se destaque em pesquisas. Apesar de Alexandre negar que tenha fechado com Sávio, confirma que foi procurado. A ponte para essa possível aliança estaria sendo feita por Valmir Tunú – presidente da Câmara – , vereador ligado à família Galvão, considerado peça-chave na estratégia de união entre os dois grupos.
O cenário em Tuparetama, portanto, é de ebulição. Com um governo em alerta interno, uma oposição estratégica e um ex-prefeito disposto a voltar ao jogo.