Na sessão ordinária desta terça-feira, 24 de outubro, o vereador Gin Oliveira voltou a fazer duas críticas ao ex-prefeito de Serra Talhada, hoje deputado estadual Luciano Duque (SD). Em sua fala, o líder governista, trouxe à tona informações relacionadas ao anel viário, uma obra entregue pela gestão municipal na última sexta-feira. O discurso do vereador evidenciou tensões políticas entre os dois líderes locais.
O anel viário, destinado a melhorar a mobilidade e a segurança de trânsito na região, teve sua inauguração marcada por uma polêmica nas redes sociais. Para os aliados da prefeita Márcia Conrado, a atitude do deputado é vista como uma tentativa de “reivindicar a autoria” da obra a todo custo.
No discurso, Gin Oliveira questionou o direcionamento da obra. Essa escolha, segundo o vereador, levanta questões sobre a priorização de investimentos privados na região.
“Luciano Duque, ele teve a sua importância, teve sim… e o parabenizo, mas, pasmem vocês. Se o anel viário era para ajudar as pessoas que mais precisavam, para tirar as pessoas que estavam perdendo suas vidas na BR-232, ali no perímetro do Vila Bela, por que o Anel Viário não se iniciou do Vila Bela para o Alto Bom Jesus e se iniciou do Shopping para o Vila Bela? Foi feita uma rota ao contrário? Não é contraditório? Por que inicialmente se priorizou um investimento privado”?
O vereador também destacou que a crítica à obra partiu da perspectiva de que ela poderia ter contribuído para evitar essas tragédias se tivesse sido planejada de forma diferente.
O discurso de Gin Oliveira não se limitou à questão do anel viário. Ele também abordou questões referentes à administração de Luciano Duque. O vereador alegou que o asfalto no bairro Ipsep foi construído de forma inadequada, resultando em um gasto adicional de mais de R$ 1,5 milhão para reparar os problemas. Ele também acusou Luciano Duque de deixar um débito de mais de R$ 42 milhões na área da educação.
“No IPSEP, foram gastos mais de R$ 1,5 milhão tapando buracos de um serviço mal feito, o asfalto, infelizmente, não atendia aos padrões de qualidade desejados. Inicialmente, planejava-se a pavimentação de sete ruas de excelente qualidade, mas, surpreendentemente, acabaram pavimentando vinte e sete”.
Segundo as informações apresentadas por Gin Oliveira, a prefeita Márcia Conrado herdou um considerável déficit de R$ 18.421 milhões da secretaria de educação.
“Está faltando dinheiro para a educação, como foi mencionado aqui? De fato, e pasmem vocês. Sabem quanto a prefeita Márcia Conrado recebeu de débito da Secretaria de Educação? R$ 18.421 milhões de reais.”