Os desdobramentos da tentativa de assalto à equipe de segurança da vice-governadora Priscila Krause, ocorrida no último sábado (11), no bairro do Parnamirim, na Zona Norte do Recife, foram tema de intensos debates na reunião plenária desta segunda-feira (13). Apesar da ausência da vice-governadora no local durante o incidente, a situação provocou controvérsias acerca da atuação policial e do sistema judiciário.
Durante o assalto, os policiais reagiram prontamente, ferindo o assaltante, que foi detido. O indivíduo, já com antecedentes criminais, foi posteriormente liberado após audiência de custódia, um fato que gerou críticas por parte de alguns políticos. O Coronel Alberto Feitosa (PL) destacou a condução do caso e lamentou a falta de posicionamento do Governo em defesa dos policiais envolvidos, que agora enfrentam inquérito policial militar e sindicância.
Por outro lado, o líder do governo, Izaías Régis (PSDB), informou que a governadora Raquel Lyra estava tratando da questão da segurança pública em reunião na Secretaria de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional. Ele ressaltou ainda que as audiências de custódia são uma atribuição do Poder Judiciário. Renato Antunes (PL) expressou sua oposição às audiências, argumentando que podem incentivar a criminalidade.
Entretanto, os debates não se limitaram apenas à esfera política. O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) concedeu liberdade provisória ao assaltante sem a necessidade de pagamento de fiança. A decisão do juiz Aldemir Alves de Lima se baseou na ausência de elementos que indicassem que o indivíduo representasse um risco à ordem pública caso fosse solto. Apesar disso, o acusado está sujeito a medidas cautelares, como a obrigação de comparecer a todos os atos processuais e a proibição de se ausentar da comarca sem prévia autorização judicial.
O assaltante, armado com um revólver calibre 32, tentou abordar a equipe de segurança da vice-governadora, que felizmente não estava presente no momento do incidente. A reação dos policiais resultou em sua detenção, mas também suscitou questionamentos sobre os protocolos de segurança e os procedimentos judiciais em casos semelhantes.
O episódio, que evidencia a complexidade das questões relacionadas à segurança pública e à justiça criminal, continua a gerar debates e levanta questões sobre as políticas e práticas que visam garantir a segurança da população e o combate efetivo à criminalidade.