Miguel Duque, pré-candidato à prefeitura de Serra Talhada pelo Podemos, tem sustentado um discurso crítico em relação às alianças políticas de sua adversária, a atual prefeita Márcia Conrado (PT). Conrado, que busca a reeleição, reuniu em seu palanque diversas lideranças de correntes partidárias opostas, incluindo a governadora Raquel Lyra (PSDB) e a ex-deputada federal Marília Arraes (SD), que foram adversárias na última eleição para o governo do estado.
Sempre que tem a oportunidade, Miguel não poupa críticas a essa estratégia: “Do lado de lá, que se unam com os políticos, que se abracem com os poderosos, com governador(a), com presidente, com quem quiserem. Meu compromisso é um só, com o povo da minha terra”, disparou ele, ressaltando sua posição de independência e compromisso exclusivo com a população de Serra Talhada.
No entanto, a postura de Miguel se mostra contraditória quando ele celebrou, na última sexta-feira (5), o apoio do Partido Novo à sua pré-candidatura. O anúncio foi realizado durante um encontro com Tecio Teles, pré-candidato à prefeitura do Recife, na sede do Partido Novo, no bairro do Recife Antigo. “Hoje, firmamos mais uma parceria que fortalece a nossa pré-candidatura à prefeitura de Serra Talhada. O partido Novo sob a presidência do meu amigo @tecioteles, declarou apoio ao nosso grupo. Essa união representa um passo importante na nossa trajetória. Afinal, ninguém conquista nada sozinho. Junto com partidos e políticos comprometidos, vamos trabalhar pra renovar Serra Talhada”, declarou Duque.
A celebração deste apoio revela uma duplicidade em sua estratégia de campanha, ao criticar Márcia Conrado por agregar lideranças de várias correntes partidárias enquanto ele próprio busca e comemora alianças políticas.
Se, por um lado, ele se posiciona contra a formação de grandes coalizões políticas, por outro, ele aceita e celebra o apoio de um partido que representa uma força significativa no cenário político estadual.