A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), cumpre agenda nesta segunda-feira (24) em Serra Talhada, onde tem dois importantes aliados políticos: o deputado estadual Luciano Duque (Solidariedade) e a prefeita Márcia Conrado (PT). A presença de ambos no evento pode marcar um dos muitos encontros entre as principais lideranças da cidade em um mesmo ambiente político — um cenário que pode se repetir nas eleições de 2026.
Apesar de estarem em campos opostos na política local, Duque e Márcia dividem o apoio à governadora, o que evidencia a complexidade das articulações políticas para o futuro. Dentro do PT, cresce a possibilidade de apoio à reeleição de Raquel Lyra, caso a tucana migre para um partido da base do presidente Lula. Setores petistas já defendem abertamente a filiação da governadora, que, por sua vez, tem ampliado diálogos com lideranças da legenda.
No ano passado, Raquel chegou a ser convidada pelo PSD, de Gilberto Kassab, que atualmente controla três ministérios na Esplanada. No entanto, com as negociações para uma federação entre o PSD e o PSDB em andamento, o convite perdeu força, e a filiação ficou em compasso de espera. Paralelamente, a governadora se aproximou do ministro da Casa Civil, Rui Costa, e passou a ser sondada para se filiar ao Partido dos Trabalhadores (PT) e disputar a reeleição pela sigla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Embora uma união política entre Márcia e Duque em Serra Talhada pode ser considerada impossível, no cenário estadual de 2026 essa dinâmica pode ser diferente. Se a governadora consolidar uma aliança com o PT, existe a possibilidade de os dois líderes estarem no mesmo ambiente político pela reeleição de Raquel Lyra. Isso não apagaria a rivalidade local, mas demonstraria a flexibilidade das articulações políticas quando interesses maiores entram em jogo.
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