A governadora Raquel Lyra emergiu como a grande vencedora deste segundo turno em Pernambuco, conseguindo eleger seus dois candidatos e impondo derrotas aos concorrentes apoiados pelo prefeito do Recife, João Campos. As vitórias consolidam a liderança de Raquel no cenário político do estado, demonstrando sua crescente influência na Região Metropolitana.
Em Paulista, Ramos, o candidato de Raquel, obteve uma vitória com larga vantagem sobre o ex-prefeito Júnior Matuto, um socialista histórico ligado ao PSB e apoiado por João Campos. Esse resultado já reforçava o protagonismo da governadora, mas a vitória mais expressiva, do ponto de vista político, ocorreu em Olinda.
Na cidade histórica, a candidata Mirella Almeida, do PSD, apoiada por Raquel, superou as expectativas e venceu em uma disputa acirrada contra o petista Vini Castello. Apesar da alta rejeição ao atual prefeito Lupércio, também aliado de Mirella, a governadora conseguiu virar o jogo. A vitória foi ainda mais significativa porque Castello contava com o apoio de Lula, além de nomes de peso do PT, como os ex-prefeitos de Olinda, Renildo Calheiros e Luciana Santos, que atualmente ocupa o cargo de ministra no governo Lula.
Além disso, Vini Castello tinha o respaldo dos Campos. João Campos, prefeito do Recife, e seu tio, Antônio Campos, que havia disputado o primeiro turno em Olinda, também se uniram ao grupo de apoio a Castello, tornando essa vitória ainda mais emblemática para Raquel.
Com esses resultados no segundo turno, Raquel Lyra, que já havia garantido um número significativo de prefeituras no estado, fortalece ainda mais sua posição na política pernambucana. Ao garantir as vitórias de seus candidatos na Região Metropolitana, ela solidifica seu caminho para a própria reeleição, colocando-se como uma força política difícil de ser desafiada.
Nesse contexto, João Campos deve estar refletindo sobre seus próximos passos, considerando se vale a pena deixar a Prefeitura do Recife para buscar novos desafios. O segundo turno mostrou que Raquel sabe como ganhar uma eleição e, ao que tudo indica, não está disposta a recuar.
Com informações de Noélia Brito