Gleisi Hoffman, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) nacional, esteve na cidade do Recife em uma visita de grande relevância política, marcada por uma reunião estratégica de articulação do PT visando às próximas eleições. Durante sua estadia na capital pernambucana, Hoffman também concedeu uma entrevista coletiva, na qual foi abordada uma questão que havia gerado controvérsias nos últimos dias: suas declarações recentes sobre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as quais foram qualificadas como errôneas pelo ministro Alexandre Moraes.
Questionada sobre o assunto durante a entrevista, Gleisi Hoffman fez questão de esclarecer sua posição: “Primeiro, é importante dizer que eu não pedi o fim da justiça eleitoral. Fui mal compreendida e minha fala foi descontextualizada durante um debate sobre uma proposta específica, a PEC 9, a Proposta de Emenda Constitucional 9, que propõe anistia para os partidos políticos em relação a multas, seja de prestação de contas ou do processo eleitoral.”
A líder petista prosseguiu explicando suas críticas à Justiça Eleitoral, mais especificamente ao Corpo Técnico da instituição: “Eu fiz uma crítica muito dura, sim, à Justiça Eleitoral, especificamente ao Corpo Técnico da Justiça Eleitoral, que reiteradamente não se atém aos aspectos técnicos da prestação de contas. Eles tomam liberdades, fazem interpretações e ferem a jurisprudência.”
Ela também destacou a questão dos altos custos envolvidos na Justiça Eleitoral, afirmando: “Pessoal, reclamam dos partidos políticos e dos valores das multas, mas nós temos um custo da justiça eleitoral que é três vezes quase o que custa uma campanha eleitoral. E isso é verdade.”
Gleisi Hoffman concluiu sua resposta ressaltando a importância da democracia e da crítica construtiva: “Eu acho que numa democracia como a que vivemos, qualquer instituição é passível de crítica e de discussão. Se os partidos políticos podem ser alvo de críticas e penalidades, por que a justiça eleitoral não pode ser também? Ou qualquer outra instituição?”
A visita de Gleisi Hoffman e suas explicações sobre as declarações controversas trouxeram um importante debate sobre a Justiça Eleitoral e suas práticas à tona, reforçando a vitalidade do diálogo democrático no cenário político brasileiro.