Lula fez um movimento arriscado ao decidir faltar ao debate. Embora sua ausência buscasse minimizar as chances de erro, o petista foi lembrado por todos os oponentes, principalmente no tema da corrupção. O púlpito vazio e os tons agressivas dos outros candidatos certamente serão explorados nas mídias sociais e na propaganda eleitoral nesta última semana – justamente quando ele mais precisa virar.
A ausência do ex-presidente, principal adversário do atual mandatário, contribuiu para o desempenho positivo do candidato à reeleição.
Muito mais contido do que no debate da Band, Bolsonaro resistiu aos ataques – principalmente relacionadas ao orçamento secreto, posicionamento do governo na pandemia e na economia.
Lula justificou a ausência do debate a comícios previamente marcados em São Paulo. Ele também alegou demora na confirmação do pool de veículos. Porém, o SBT afirmou que a campanha do petista foi avisada sobre a data do encontro ainda em março.
Ao final dos quatro blocos de debate, Ciro desperdiçou chances e se concentrou em atacar Lula e Bolsonaro (muito mais Lula do que Bolsonaro, na verdade). Simone Tebet, por sua vez, demonstrou firmeza, preparo e foi muito mais propositiva. Na batalha contra o voto útil, Simone se saiu melhor que Ciro.