A prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado do PT, resolveu encampar de vez a campanha da Tucana Raquel Lyra para a disputa ao Governo de Pernambuco. Contrariando as diretrizes de seu partido a nível estadual e local, Márcia agora divide o vermelho de Lula com o roxo de Raquel.

Numa jogada política acirrada, a gestora da segunda maior cidade do Sertão Pernambucano disse em alta voz junto com seus aliados governistas em clube fechado da cidade, em um evento de chamou de ‘gratidão’, que “quando a gente assume o compromisso de cuidar dos destinos de uma cidade, assumimos a responsabilidade de sempre buscar o melhor. Por isso, estou tomada pela certeza de ver Lula Presidente e Raquel Lyra governadora. O que me move é o cuidado com o povo de Serra Talhada, e nessa caminhada encontramos grandes parceiros, onde juntamos forças para fazer o melhor por nosso município. Agora é Lula presidente e Raquel governadora”, declarou Márcia Conrado.

Num discurso caloroso na noite desta quinta – feira (13), a Prefeita de Serra Talhada também enfatizou a soberania e a voz do povo Serratalhadense para resolver sua escolha. Junto com Márcia estiveram várias lideranças políticas da base de seu governo, inclusive o Vereador Manoel Enfermeiro, que a exemplo de Márcia, mesmo sendo petista, também estava com o adesivo roxo de Raquel Lyra no peito.

Em seu discurso de apoio a candidata do PSDB contra Marília Arraes, Márcia parafraseou uma fala de Teresa Leitão dizendo “em terra de Maria Bonita coronel não se cria”. Teresa atacou Sebastião Oliveira com essa frase quando esteve em Serra no primeiro turno das eleições gerais, já Márcia deixou a interpretação livre: Qual coronel? Luciano Duque que fez pressão sobre ela ou o vice Sebastião Oliveira?

O embate político do segundo turno em Serra com a escolha da Prefeita por Raquel, reacende os ânimos e indica um PT dividido em Pernambuco. O xadrez está montando com duas Rainhas, mas só uma vai sair vitoriosa e, no campo das mulheres na política, a gestora da Terra de Lampião vai ter que fazer a diferença para o tabuleiro incisivo das próximas eleições em 2024.