Na noite desta sexta-feira (23), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça tirou a censura aplicada à matéria do portal UOL sobre transações imobiliárias da família Bolsonaro com dinheiro vivo. A decisão ocorre um dia depois que o desembargador Demetrius Gomes Cavalcanti, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), atendeu a um pedido do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), determinando a retirada do conteúdo do ar e das redes sociais.
Após a decisão do desembargador, o UOL recorreu ao STF e o ministro Mendonça (indicado ao cargo pelo presidente Jair Bolsonaro — PL) foi sorteado para julgar a ação. O portal argumentou que a decisão de censura era inconstitucional.
Segundo a matéria do UOL, quase metade do patrimônio em imóveis de Bolsonaro e de seus familiares mais próximos foi construída nas últimas três décadas com uso de dinheiro em espécie. Desde os anos 1990 até os dias atuais, o presidente, irmãos e filhos negociaram 107 imóveis, dos quais pelo menos 51 foram adquiridos total ou parcialmente com uso de dinheiro vivo, segundo declaração dos próprios familiares entrevistados. As compras foram registradas nos cartórios com o modo de pagamento “em moeda corrente nacional”, expressão padronizada para repasses em espécie, totalizaram R$ 13,5 milhões.
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