O adiamento das eleições para os dias 15 e 29 de novembro (primeiro e segundo turno, respectivamente) foi aprovado com o voto positivo da maior parte da bancada pernambucana na Câmara Federal. No entanto, a realização na nova data é contestada.
Augusto Coutinho (Solidariedade) disse que votou a favor do adiamento ao considerar a ciência e não por uma vontade pessoal. “Eu preferia que a eleição fosse na data marcada, mas a gente tem que ouvir a ciência e a ciência orienta que deve ser adiado para preservar a saúde da população”, explica. Ainda de acordo com ele, a maior parte dos prefeitos defende a eleição na data original – 4 de outubro.
Já Danilo Cabral (PSB), que votou contra o adiamento, disse que a sua posição é contrária, inclusive, a realização do pleito em 2020. “O ponto de vista da saúde é o principal. Não temos como ter certeza que vamos ter uma eleição segura em condições sanitárias”, justificou. Para ele, há “incoerências” nas manifestações do próprio Congresso ao prorrogar a realização do Enem, por exemplo. Cabral também cita o exemplo do Supremo Tribunal Federal (STF) que só volta a ter sessão presencial no próximo ano. “Do ponto de vista político defendo unificar as eleições. Perdemos a oportunidade de fazer esse debate.”
Nas redes sociais, Felipe Carreras (PSB) afirmou que o adiamento das eleições é uma “medida de saúde e segurança aos eleitores que irão às urnas nos dias 15 e 29 de novembro”. Ainda de acordo com ele, para confirmar o voto a favor da PEC a maioria dos eleitores foi ouvida.
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