A pré-candidatura do deputado estadual Luciano Duque à Prefeitura de Serra Talhada encontra-se em uma situação delicada dentro do Partido Solidariedade (SD). Declarações da vice-presidente nacional da legenda, Marília Arraes, revelam um cenário de tensão e falta de apoio político para Duque, que inviabilizam suas pretensões eleitorais.
Marília Arraes afirmou ter sido pega de surpresa com o lançamento da pré-candidatura de Duque e criticou duramente a ausência de diálogo do líder partidário na Alepe com as lideranças do Solidariedade. Segundo ela, Duque interrompeu contato desde julho do ano passado e tomou decisões unilateralmente, sem envolver a cúpula do partido. “Ele tomou atitudes sem nenhum debate comigo, procurou Paulinho da Força [presidente nacional do partido] para conversar, decidiu ser candidato e eu não sabia. Todos esses meses ele passou sem absolutamente nenhum contato comigo, voltou a me procurar em março simplesmente informando que queria ser candidato e querendo saber qual a posição do partido […] e fui pega de surpresa”, declarou Arraes.
A situação atingiu seu ápice com o evento de lançamento da pré-candidatura de Duque nesta sexta-feira (24) em Serra Talhada. Marília Arraes vê essa movimentação como uma estratégia a longo prazo de Duque, visando do que uma real disputa agora. “Fazer um ato de lançamento de candidatura sem conversar com o partido, pra mim [deixa] clara a estratégia: ele não quer ser candidato, o que ele quer é buscar uma vitimização para chamar a atenção e quem sabe ajudar na próxima eleição dele já que ele não terá apoio da Prefeitura de Serra Talhada caso não consiga ser candidato”, criticou.
A falta de diálogo e a postura isolacionista de Duque criaram um ambiente político insustentável para ele dentro do Solidariedade. “É algo inusitado, como é que você entra em rota de colisão com as lideranças do partido e lança uma candidatura e tenta empurrar as coisas goela abaixo? Não funciona assim, nem comigo, nem com ninguém”, destacou Arraes. Ela acrescentou que Duque, ao seguir um “caminho solo”, perdeu a oportunidade de construir alianças importantes, como o apoio de João Campos, uma figura-chave da oposição em Pernambuco.
Sem respaldo político dentro Solidariedade e com as negativas de Paulinho da Força – presidente nacional do Solidariedade e da própria Marília, fica claro que o deputado estadual Luciano Duque precisa reconsiderar suas opções. O fato é que Duque agora deve focar em encontrar um candidato viável dentro de seu grupo político, capaz de enfrentar Conrado, já que sua própria pré-candidatura foi claramento rejeitada pelo o próprio partido.
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