A Câmara de vereadores de Serra Talhada aprovou nesta terça (12), o Projeto de Lei nº 28, que regulamenta o regime de trabalho remoto para servidores municipais. Aprovado com apenas um voto contrário, o projeto chegou em um momento conturbado, após uma recomendação do Ministério Público que, em outubro, orientou a Prefeitura a retornar os servidores ao trabalho presencial.

A recomendação foi motivada pela denúncia de que uma servidora, residindo em Recife, estaria exercendo sua função remotamente enquanto cursava Medicina em uma faculdade em Olinda — situação que levantou dúvidas sobre a efetividade do seu atendimento às demandas da administração municipal.

Repercussão Popular: “Vergonha com o nosso dinheiro público”

A aprovação do PL-28 gerou intensa repercussão nas redes sociais, com comentários de insatisfação e questionamentos quanto à gestão dos recursos públicos. Um dos comentários mais frequentes foi a indignação sobre o uso inadequado do trabalho remoto, refletindo a frustração de cidadãos que veem o serviço público como um compromisso com a presença física e a eficiência.

Com declarações como “Que cidade é essa? Uma cidade sem lei” e “Vergonha com o nosso dinheiro público”.

Outros internautas questionaram o futuro do município: “Está só começando a partir de 2025”, refletindo uma sensação de abandono e de impunidade quanto ao uso de recursos destinados ao trabalho público.

Uma internauta endurece o tom: “Absurdo do governo municipal e desses vereadores, votarem nesse absurdo. Infelizmente, Serra não tem justiça”.

A aprovação do Projeto de Lei nº 28, que deverá ser sancionado pela prefeita Márcia Conrado (PT) embora embasada em ideais modernos de gestão, esbarra em uma execução que deixa muito a desejar e que, diante da realidade recente, tem gerado desconfiança e um sentimento de impotência entre os cidadãos de Serra Talhada.