A política em Serra Talhada segue agitada com a crescente especulação sobre o posicionamento da prefeita Márcia Conrado (PT) nas eleições estaduais de 2026. Recentemente, durante a entrega de cinco veículos pela Secretaria de Saúde, questionamos com exclusividade a prefeita Márcia sobre o apoio à reeleição da governadora Raquel Lyra (PSDB). A resposta, no entanto, gerou mais dúvidas do que certezas: “A governadora é nossa até daqui a dois anos. Votamos nela, trabalhamos para ela, e com certeza teremos um futuro muito bom para Serra Talhada.”
A declaração reforça a sensação de neutralidade da prefeita em um momento onde as alianças políticas começam a se definir. Apesar de ter apoiado Raquel Lyra no segundo turno das eleições estaduais de 2022, Márcia esteve em Olinda, ao lado do prefeito do Recife, João Campos (PSB), reforçando a campanha de Vinícius Castello (PT) à prefeitura da cidade, um movimento interpretado como oposição à governadora. Essa aproximação com João Campos, cotado para ser um dos principais adversários de Raquel Lyra nas eleições estaduais de 2026, acendeu a “luz amarela” sobre a posição de Márcia e seu grupo político.
A situação fica ainda mais interessante quando se analisa o cenário local. O grupo que apoiou a reeleição de Márcia Conrado está automaticamente alinhado ao palanque de João Campos, incluindo o deputado federal Waldemar Oliveira (AVANTE), o deputado federal Pedro Campos (PSB), possivelmente o deputado Fernando Monteiro (PP), além dos ex-deputados federais Sebastião Oliveira (AVANTE) e Marília Arraes (Solidariedade). Essa aliança reforça as especulações de que Márcia pode se distanciar politicamente de Raquel Lyra, apesar da governadora ainda ser peça fundamental para os avanços de sua gestão em Serra Talhada.
Por outro lado, o deputado estadual Luciano Duque (Solidariedade), e o seu filho Miguel Duque (Podemos) – principais adversários político de Márcia, vem cobrando publicamente uma definição da prefeita sobre o apoio à reeleição de Raquel.
Com a aproximação das eleições estaduais, o tabuleiro político de Serra Talhada se torna ainda mais complexo. Márcia Conrado, ao evitar declarações explícitas sobre seu futuro apoio, mantém o suspense e a tensão no ar, enquanto Luciano Duque e Miguel buscam consolidar alianças e fortalecer suas bases. O que está claro, no entanto, é que o apoio ou a neutralidade de Márcia será uma peça-chave para definir os rumos políticos de Pernambuco em 2026.
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