Na noite desta quarta-feira (01/01), a prefeita Márcia Conrado (PT) e seu vice-prefeito Faeca Melo (Avante) tomaram posse em uma cerimônia realizada na Câmara de Vereadores de Serra Talhada. O plenário estava lotado, com a presença de familiares, amigos e correligionários que prestigiaram também a posse dos 17 vereadores eleitos.

Apesar do clima de celebração, a solenidade chamou atenção nos bastidores políticos pelo baixo comparecimento de aliados importantes, especialmente figuras de peso como o deputado federal Waldemar Oliveira e seu irmão, Sebastião Oliveira, ex-deputado federal e presidente estadual do Avante em Pernambuco. Ambos desempenharam papéis cruciais na formação da aliança que consolidou a reeleição de Márcia.

Ausências que geram questionamentos

A ausência dos “irmãos Oliveira”, assim como da ex-deputada Marília Arraes (SD), foi notável tanto no evento quanto em suas redes sociais, onde nenhum dos três se manifestou – até o fechamento desta matéria – parabenizando a prefeita ou reforçando o apoio à sua gestão. Em conversa com o blog, Waldemar justificou sua ausência afirmando que estava com a família. No entanto, evitou fazer comentários adicionais.

Esse distanciamento, entretanto, não é novo. Durante a campanha, tensões vieram à tona após a divulgação de um card de convite para a convenção partidária de Márcia. Na peça, o nome e a foto de Waldemar Oliveira foram omitidos, o que gerou críticas públicas do deputado. Ele chegou a comparar o design da arte a uma “salada de frutas”, apontando que a prefeita parecia não valorizar seu apoio.

Rompimento anunciado?

A falta de manifestação dos líderes do Avante reforça a percepção de um possível rompimento entre o partido e a prefeita Márcia Conrado. Apesar de rumores de que membros do Avante possam assumir cargos no primeiro escalão da gestão, o clima de afastamento político ficou evidente durante a posse.

Com as eleições de 2026 no horizonte, a relação entre PT e Avante em Serra Talhada pode se tornar ainda mais tensa. A ausência de Waldemar e Sebastião na solenidade é um indicativo de que as alianças formadas em 2024 podem não resistir aos desafios e disputas que estão por vir.