As movimentações da prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado (PT), continuam alimentando os bastidores da política pernambucana. Após a visita do presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara (PSB), e do deputado federal Pedro Campos, à sua residência, reacendendo rumores de aliança com os socialistas para 2026, uma nova peça entra no tabuleiro: o convite feito pelo prefeito do Recife, João Campos (PSB), para que Márcia componha como vice uma eventual chapa ao Governo do Estado, numa disputa contra a atual governadora, Raquel Lyra (PSDB).
A informação, apurada com fontes próximas à gestão petista na Capital do Xaxado, revela que Márcia não aceitou o convite de imediato. O motivo? O dilema que envolve seu vice-prefeito, Faeca Melo (Avante), figura de confiança de Sebastião Oliveira, presidente estadual da legenda e ex-deputado federal.
É de conhecimento público que o nome de Faeca não foi a escolha preferencial de Márcia para a vice-prefeitura em 2024. A indicação, costurada como parte da aliança com o Avante, foi um trunfo de Sebastião, que impôs o empresário como condição para fechar apoio à petista. A relação política entre Márcia e Faeca nunca foi das mais entusiasmadas, e a possibilidade de entregar o comando da prefeitura a um nome fora do seu núcleo de confiança pesa — e muito — em qualquer tomada de decisão que envolva abrir mão do cargo.
A equação se complica ainda mais diante da pré-candidatura de seu esposo, Dr. Breno Araújo, à Assembleia Legislativa de Pernambuco. Breno é presidente do PSB em Serra Talhada e vem ganhando protagonismo à medida que o PSB ensaia reconstruir palanques no Sertão, mirando em 2026.
A dúvida que paira é se Márcia aceitará o papel de vice de João Campos, abrindo mão de seu protagonismo local e entregando a prefeitura ao Avante de Sebastião. Em tempos de recomposição política, essa decisão não é apenas pessoal, mas estratégica: envolve cálculo de poder, futuro político e a manutenção da hegemonia petista em um dos maiores colégios eleitorais do Sertão.
Enquanto isso, os bastidores seguem fervilhando. A aproximação com João Campos, somada ao avanço da pré-candidatura de Breno, mostra que Márcia está no centro de uma engrenagem maior, que passa por alianças interpartidárias e disputas internas silenciosas. Em Serra Talhada, os gestos falam mais alto que os discursos — e cada visita, foto ou recusa pode ser a chave de leitura para entender quem vai mover a próxima peça no jogo de 2026.
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