Se alguém quiser ganhar a atenção do pequeno Levi Souza, de 6 anos, é só mostrar uma foto ou falar qualquer coisa sobre caminhão de lixo e garis. Ele sabe quais são os dias que o carro passa, quer ajudar na coleta e conhece os modelos de veículos de diferentes cidades.
Quando a monitora Simone Freire percebeu que nada mais desperta tanto o interesse do menino com autismo, as atividades escolares com a criança mudaram.
A parede próxima à cadeira onde Levi se senta, na sala de aula, foi se enchendo de desenhos e fotos de caminhão de lixo. Os números que aprendeu a contar estão dentro de figuras de caminhões de lixo. As letras do alfabeto que ele ainda está conhecendo, também.
A monitora realizou o grande sonho de Levi: dar um passeio no caminhão de lixo. “Na faculdade, a gente não aprende a lidar com crianças atípicas. Cada um tem um comportamento, é preciso ter muita sensibilidade”, disse a monitora.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica com diversas características. Algumas pessoas no espectro apresentam um interesse intenso e altamente focado em um ou mais assunto, o que é chamado de hiperfoco.
Simone cursa pedagogia e trabalha como profissional de apoio escolar. Acompanha Levi há mais de um ano na escola municipal Dr. Paulo Pessoa Guerra, localizada em Sítio dos Nunes, distrito de Flores – PE
“Ele não ficava na sala de jeito nenhum. Por qualquer coisa, saía correndo e era muito difícil terminar as atividades. Depois que a gente descobriu esse hiperfoco, passamos a fazer todas as atividades envolvendo caminhão de lixo ou garis. Agora, ele dá mais atenção”, conta Simone.
Fonte: G1/PE
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