Em entrevista a Júnior Campos nesta sexta-feira (19), o Promotor de Justiça Dr. Lúcio Almeida, deu detalhes de como foi a reunião com o CIMPAJEÚ – Consórcio de Integração dos Municípios do Pajeú, que acabou definindo um protocolo de isolamento mais rígido na região de atuação do consórcio, visando um bloqueio total ou confinamento mais rigoroso da população e claro, com um fechamento total das atividades econômicas a partir do dia 24 do mês em curso.
Dr. Lúcio deixou claro que a ação é conjunta entre os promotores e prefeitos, seguindo uma prática já adotada pelo Ministério Público de participar de forma mais presente das discussões municipalistas.
“É uma ação, na verdade dos prefeitos e dos promotores aqui desta terceira subscrição, entendeu? A gente aqui tem uma dinâmica de reunir os prefeitos sistematicamente e debater temas e nesta pandemia não foi diferente. Então a gente dentro desta discussão, a gente entendeu que as medidas atualmente adotadas, muito embora tenham algum propósito e tudo, mas assim elas não são suficientes para ter o impacto sanitário desejado, entendeu? As pessoas têm ido paras as ruas; aqui está parecendo um dia normal”, explicou.
Dr. Lúcio ainda acrescentou dentro do mesmo contexto, que o as medidas restritivas impostas pelo Governo de Pernambuco não estão sendo eficazes para conter a propagação do vírus e uma ação mais energética é fundamental para salvar vidas.
“Na prática, o que é que a gente quer? A gente quer, que realmente tenha um impacto para conter a propagação do vírus. Nós estamos com a pressão já, de sobrecarga do sistema de saúde que já está com a fila de 200 pessoas em Pernambuco, esperando leito de UTI. Então assim, pessoal esperando leito de UTI vão morrer e uma tristeza é uma tragédia isso! Então não é questão só da economia, é uma questão das vidas e para que a gente tenha exatamente o retorno da economia, mas rápido até, é necessário que todos façam uma cota sacrifício. Muito comerciantes se posicionaram de forma favorável a isso, por que disseram assim: ou fecha tudo ou não fecha nada”, disse acrescentando que da forma que está “é uma concorrência desleal” e explicou: “As pessoas saem de casa, não compra ‘num canto’ mas compra em outro e aglomera de todos jeito”, reforçou.
O Promotor de Justiça com atuação na Comarca de Afogados de Ingazeira, assegurou que em outra reunião com o Cimpajeú será detalhada a operação do bloqueio geral das atividades econômicas, mas adiantou que só irá funcionar, os serviços de postos de combustíveis e farmácias.
“Vai ser detalhado isso no decreto, mas a princípio seria bem restrito só posto de combustíveis e farmácias”, disse ao Júnior Campos.
Confira a entrevista completa:
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