Foi na bancada do Revista da Cultura, neste sábado (04), apresentado pelos comunicadores Orlando Santos e Marina Ferraz, que aos 52 anos, o cantor, poeta e compositor pernambucano, Flávio Leandro, natural de Bodocó anunciou sua despedida dos palcos e o assinante deste diário eletrônico de notícias registrou o momento.

Em setembro deste mesmo ano, Flávio já teria adiantado o desejo de parar através de uma publicação em rede social, mas foi nas ondas sonoras da Rádio Cultura FM, que o poeta sertanejo oficializou seu desenlace com agenda artística – horas antes de se apresentar em uma casa de shows de Serra Talhada, ao lado dos artistas pajeúzeiros, Henrique Brandão e Assisão.
“Na verdade, eu estou chamando tudo isso de um ajuste de caminhada. Mas, as pessoas dizem que Luiz Gonzaga fez isso três vezes e voltou e, eu digo que ele voltou porque não tinha internet. Duzentos dias do meu ano estavam sendo dedicados a shows. Onde fica o pai de Família, o homem, o compositor, o ser humano? O cara que mora no mato e não consegue ver o mato direito, porque só vive dormindo cansado. Vou fazer apenas um show por ano e a comunicação virtual continua a mesma. O grande lance do artista é esta comunicação com seu público. Hoje eu tenho público muito vasto, que fisicamente eu nunca vou atingir”, disse Flávio aos ouvintes da emissora continuando:
“Como eu fiquei pouco de mais fisicamente para atender isso, é humanamente impossível, eu prefiro aceitar a minha insignificância diante disso tudo e me recolher, ao que posso fazer de melhor”, disse.
Em outro momento do bate-papo com Orlando e Marina, o compositor que retrata de forma tão peculiar o povo do sertão – suas dificuldades, cultura e tradições, o artista revelou não estar vivendo o que narra em suas canções.
“Preciso afinar minha fala com a minha ação. Estava com 23 anos que eu tinha visto uma fogueira de São João. Eu só cantava, mas não estava vendo isso tudo”, externou Flávio.
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