Iniciativa da juíza de Flores para combater a violência doméstica atrai equipe do Profissão Repórter
Uma iniciativa inédita promete contribuir para a quebra do ciclo de violência doméstica vivenciado nos lares de famílias que vivem no município de Flores-PE. O projeto-piloto “Rompendo o Ciclo da Violência”, idealizado pela juíza Ana Carolina Santana, titular da Comarca de Flores, busca acompanhar crianças e adolescentes que testemunham agressões físicas ou psicológicas dentro de casa, garantindo apoio psicológico e assistência especializada.
A proposta inovadora ganhou repercussão nacional e chamou a atenção da equipe do Programa Profissão Repórter, da Rede Globo, liderada pelo jornalista Caco Barcellos. A produção esteve na cidade nesta semana para acompanhar de perto as ações do projeto e mostrar o impacto da violência doméstica na vida de crianças e adolescentes.
De acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS), 12 queixas de violência doméstica/familiar contra mulheres foram registradas em Flores, nestes primeiros dias do ano em curso. O projeto-piloto começa atendendo dez crianças e adolescentes que presenciaram violência em casa, com apoio do Conselho Tutelar, do Centro de Referência de Assistência Social (Creas) e da Secretaria de Assistência Social do município.
“Verifiquei que crianças ou adolescentes que testemunhavam a violência doméstica anos depois voltavam ao fórum para responder por atos infracionais. Estudos mostram que crianças que crescem nesse contexto de violência internalizam isso como algo normal e acabam reproduzindo esse ciclo. Precisamos agir para romper esse padrão”, destacou a magistrada Ana Carolina Santana em entrevista recente.
Além desse acompanhamento especializado, a juíza também anunciou a implementação de um curso de reeducação para agressores no município. O objetivo é contribuir para a redução de reincidências e promover um debate mais amplo sobre a problemática.
O Blog Júnior Campos tem acompanhado e noticiado os casos de violência doméstica em Flores, contribuindo para ampliar o debate na cidade. A sensibilização sobre o tema foi essencial para que a magistrada tomasse medidas rápidas e eficazes, reunindo os agentes responsáveis pela política pública de proteção à mulher e lançando esta iniciativa pioneira no município. Com a atenção da imprensa nacional voltada para Flores, a expectativa é que a experiência possa servir de modelo para outras regiões do país na luta contra a violência doméstica.
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