Relatos recentes de supostas tentativas de rapto de crianças têm preocupado moradores de diferentes bairros de Serra Talhada. Ainda sem confirmação oficial por parte das autoridades, os casos têm algo em comum: envolvem abordagens rápidas e em locais de grande circulação, sempre se aproveitando de momentos de distração dos responsáveis.

Um dos casos mais recentes foi relatado nesta sexta-feira (23) diretamente à reportagem do Blog do Júnior Campos por uma avó – Gildete. Ela contou que seu neto foi abordado por um homem em um carro estacionado próximo à creche do bairro Caxixola. Segundo o relato, o menino havia ido buscar o cartão do SUS a pedido da mãe e, ao passar em frente à creche, foi chamado por um homem que ofereceu balas. O garoto se assustou e começou a recuar, momento em que o homem tentou se aproximar. “Ele correu, e o homem correu atrás. Só parou quando chegou perto de um lugar com câmera e mais gente. Já tinha uma criança dentro do carro”, contou a avó, muito abalada.

Já um outro relato foi deixado em forma de comentário na página do blog na última quinta-feira (22), por uma internauta identificada como Maria do Socorro. Ela escreveu:
“Eu moro em São João dos Leites. Uma mulher carregou minha neta num simples descuido, bem ali no Pajeú. Quando percebi, a mulher já ia distante. Eu corri atrás, tomei ela dos braços da mulher. É uma quadrilha que tem em Serra Talhada. Mães, cuidado!”

Esses casos se somam a uma ocorrência registrada oficialmente no final do mês passado no bairro IPSEP –  um casal viveu momentos de desespero ao presenciar dois homens em motos tentando colocar suas filhas, de cerca de dois e sete anos, nas motocicletas enquanto os pais calibravam os pneus do carro. A ação só foi frustrada graças à intervenção de populares que perceberam a movimentação e começaram a gritar.

Assustados, os pais correram até as filhas, e os suspeitos fugiram em alta velocidade. Um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia de Polícia Civil.

Até o momento, não há confirmação oficial sobre ligações entre os casos ou prisões. No entanto, os relatos, ainda que não confirmados, acendem um alerta à população, especialmente a quem circula com crianças.