A execução brutal de Antônio Lopes Severo, conhecido como Frajola, linchado até a morte pela população de Tabira após ser apontado como um dos suspeitos pela morte do pequeno Arthur Ramos do Nascimento, continua gerando polêmica. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, a irmã de Frajola questiona a motivação do linchamento e levanta novas suspeitas sobre o caso.

Em seu desabafo, ela afirma que a mãe da criança, Giovana, teria deixado o filho sob os cuidados de um adolescente de 14 anos, que, segundo relatos, foi quem levou a criança ao hospital já sem vida. Esse detalhe já havia sido confirmado pela conselheira tutelar Socorro, em entrevista à imprensa, e reforça a necessidade de uma investigação mais aprofundada antes da condenação pública de qualquer suspeito.

“A gente tá gaguejando porque a justiça precisa ter um laudo, precisa da coletagem, da compatibilidade com o que aconteceu com a criança”, disse a irmã de Frajola, ressaltando que o crime precisa ser esclarecido com base em provas, e não apenas por pressão popular. Ela também acusou Giselda da Silva Andrade, mãe da vítima, de ter um histórico de agressões contra o próprio filho e de ter influenciado testemunhas a culparem seu irmão.

Ainda segundo o relato, Frajola estava disposto a se apresentar à polícia para prestar esclarecimentos e até mesmo fornecer material para comprovar sua inocência, mas Giselda teria tentado impedir que ele fosse à delegacia. “Por que ele queria se entregar e ela não deixava? Quem tinha algo a esconder?”, questionou.

O caso segue cercado de reviravoltas e levanta discussões sobre a execução sumária promovida pela população. Enquanto a revolta popular transformou uma prisão em uma tragédia, novas informações emergem, reforçando a necessidade de uma apuração rigorosa e imparcial dos fatos.

 
 
 
 
 
Ver essa foto no Instagram
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por Júnior Campos (@blog_juniorcampos)