Um major da Polícia Militar e um policial penal trocaram tiros após uma discussão em um bar no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, na noite do sábado (5), segundo a Polícia Militar. O tiroteio deixou dois homens mortos e cinco pessoas feridas, sendo duas delas os agentes de segurança pública.
Os mortos eram clientes do bar e, segundo testemunhas, não estavam envolvidos na briga. Eles foram identificados como Ekel de Castro Pires, de 69 anos, e Claudio Bezerra Bandeira de Melo Sobrinho, de 57 anos.
O bar fica localizado na esquina da Rua Professor José Brandão com a Rua Antônio de Sá Leitão. A troca de tiros, segundo a investigação, aconteceu por volta das 18h30 entre o policial militar José Dinamérico Barbosa da Silva Filho e o policial penal Ricardo de Queiroz Costa.
O motivo da discussão não foi divulgado pelos investigadores. Os dois agentes ficaram feridos e foram levados para hospitais particulares. Ambos foram autuados em flagrante por homicídio e tentativa de homicídio, de acordo com a Polícia Civil, que abriu um inquérito para apurar o caso.
O advogado do Sindicato dos Policiais Penais, Eduardo Morais, afirmou que a confusão ocorreu após o PM mexer com a mulher de Costa e uma discussão verbal. “Dinamérico levanta empurrando a cadeira, saca a arma. Ricardo levanta, joga o filho para o chão e saca a arma, já é atingida por um primeiro tiro abaixo do umbigo. […] Ricardo exerceu o direito dele de legítima defesa”, relatou Morais.
O cônsul do Paraguai, Guillermo Insfran, confirmou que, entre os feridos no tiroteio, está o filho dele, Eduardo Insfran. Segundo o diplomata, Eduardo foi atingido na barriga, mas de maneira superficial.
O policial penal estava no bar com a mulher, o filho e uma amiga, segundo o advogado do policial penal. O major da PM estava acompanhado de parentes e de um soldado do Batalhão de Operações Especiais (Bope), de acordo com a investigação.
A Polícia Militar afirmou que foram apreendidos no local três pistolas, quatro carregadores e 39 munições de calibres diversos. O material foi encaminhado para o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que conduz o inquérito policial.
Peritos do Instituto de Criminalística (IC) analisaram o local na noite do sábado (5) e na manhã deste domingo (6). Eles também recolheram imagens do circuito interno de segurança dos prédios da vizinhança.
A Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social investiga a conduta dos agentes públicos. A Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) informou que vai acompanhar as investigações do caso.
Fonte G1
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