Júnior Campos
Política

Diógenes fala em crise, mas números revelam que Sávio deixou Tuparetama com caixa cheio e contas equilibradas

O prefeito Diógenes Patriota usou as redes sociais no domingo (18) para anunciar que Tuparetama enfrenta dificuldades financeiras. Mas o discurso não bate com os números oficiais. Dados do Tome Conta, do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, mostram que Diógenes assumiu em 2025 um município com alta arrecadação, contas praticamente equilibradas e um caixa robusto deixado por Sávio Torres.

Em 2024, último ano da gestão anterior, a previsão de arrecadação era de R$ 43 milhões, mas o município arrecadou R$ 63,9 milhões — R$ 21 milhões a mais do que o previsto, ou seja, um crescimento de 48,5% sobre a previsão orçamentária. Um verdadeiro salto.

A despesa total liquidada no mesmo período foi de R$ 61,1 milhões. O que significa que, mesmo com gastos altos, a arrecadação ainda foi maior do que as despesas. Não houve rombo nas contas. Pelo contrário: houve superávit.

As receitas correntes cresceram 17,5% de 2023 para 2024, e as receitas de capital aumentaram 37,1%. São números que mostram solidez financeira, e não colapso.

Diógenes afirma que o reajuste da folha dos servidores — previsto em lei — e o pagamento de dívidas previdenciárias estão sufocando a gestão. Mas essas obrigações eram conhecidas e previstas. Alegar surpresa soa, no mínimo, contraditório para quem assumiu o governo após anos dentro da política municipal.

Outro ponto questionável é a fala sobre a falta de emendas parlamentares no início do ano. Tradicionalmente, elas chegam ao longo do exercício, e não nos primeiros meses — o que enfraquece o argumento.

O município, mesmo com o coeficiente 0.6 do FPM, conseguiu crescer de forma constante em três anos consecutivos. O desafio agora é manter o que foi construído — não justificar dificuldades com base em um cenário que, de fato, não era ruim.

A pergunta que fica é: Diógenes pegou um município em crise ou tenta criar um clima de caos para reduzir expectativas e responsabilidades?

Os números não mentem. A gestão de Sávio deixou Tuparetama com as contas em dia, arrecadação recorde e sem déficits evidentes. A polêmica está lançada.

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