Durante a sessão desta terça-feira (08) na Câmara de Vereadores de Serra Talhada, o vereador Lindomar Diniz fez duras críticas à estrutura de segurança pública da região e ao atendimento de urgência em saúde no distrito de Bernardo Vieira, reduto eleitoral do parlamentar e também da vereadora Alice Conrado. Os dois, no entanto, ocupam lados opostos no plenário — Lindomar na oposição e Alice na base do governo.

Lindomar relatou uma conversa recente com o comando da Polícia Militar, onde foi informado de que o patrulhamento rural, especialmente nos distritos e comunidades mais afastadas, estaria comprometido pela falta de efetivo. Segundo ele, foi dado um prazo de 60 dias para que as rondas se tornem mais constantes. “A gente pede ao governador que olhe com mais atenção para os órgãos de segurança em Serra Talhada. É preciso investimento, como foi feito com os transportes, para também ampliar o número de policiais e garantir mais segurança à população”, cobrou o vereador.

Na sequência, Lindomar revelou um episódio que classificou como “lamentável”: segundo ele, uma moradora da região rural de Bernardo Vieira, procurou socorro para o pai e o irmão, mas foi informada que a ambulância do distrito de Bernardo Vieira só poderia sair mediante autorização assinada por uma coordenadora. “Isso é um absurdo. Ambulância tem que estar no posto, com o motorista de plantão. Se tiver em ocorrência, tudo bem, mas quando não está, tem que atender a população”, criticou.

Ainda durante o discurso, o vereador sugeriu a criação de um sistema digital para agilizar a comunicação entre pacientes e motoristas de ambulância no distrito, evitando novas situações de demora ou omissão.

A vereadora Alice Conrado, por sua vez, rebateu as críticas e defendeu a gestão municipal. “Eu vou procurar saber, mas assim, eu não acredito que isso tenha acontecido. Até porque a HIlda, quando ela pede a ambulância, ela quer ficar com a ambulância, mas quer fazer feira, quer ocupar, com outras ocasiões… Ou seja, o que a ambulância vem deixar doente, mas tem que voltar, porque se acontecer outra necessidade, a ambulância não pode ficar disponível para ela o dia inteiro”, sustentou.