Falando ao programa Rádio Vivo, da Rádio Pajeú, nesta quinta-feira (18), o ex-vereador de Custódia, Marcílio Ferraz, anunciou sua decisão polêmica de retirar a pré-candidatura a prefeito e se aliar ao grupo de Manuca. A entrevista foi conduzida por Juliana Lima e Júnior Cavalcanti.

Marcílio explicou que a retirada de sua pré-candidatura foi motivada pela falta de avanços nas pesquisas e por ataques internos dentro da própria oposição. “Essa foi a decisão mais difícil da minha vida política, que foi retirar a minha pré-candidatura a prefeito, abrir mão de todo um projeto que vinha defendendo com a minha candidatura desde 2020. Tive que fazer essa decisão porque percebi que por mais que a gente lutasse, a gente estava conseguindo avançar, mas avançar pouco em relação ao pleito, nas pesquisas com uma pontuação que não era suficiente para almejar a vitória”, declarou.

O ex-vereador revelou ter sido vítima de perseguição e fake news por parte de supostos aliados da oposição. “Eu fui muito atacado, o partido vermelho fez muita pressão junto ao partido [Republicanos]. Havia uma pressão para que o Republicanos se juntasse com o PSB, como se fosse um sentimento de obrigação, e eu fui obrigado a bater na mesa e dizer que não aceitava essa união. E nos últimos seis meses houve um trabalho de muita fake news, tentando colocar mentiras na rua, que eu ia desistir, que eu já tava tendo o suporte do prefeito, tudo para tentar acabar com a minha dignidade e imagem, e tudo foi fazendo com que a gente criasse uma resistência à candidatura do partido vermelho”, explicou.

Quando questionado sobre a possível má interpretação da união com Manuca, considerando as críticas anteriores ao governo municipal, Marcílio afirmou que continuará cobrando melhorias, mas destacou o cansaço de ser traído por quem ele considerava aliados. “As críticas que eu fazia ao governo, eu continuarei fazendo para que a gente possa corrigir. É necessário ter aliados que não fiquem tapando os olhos do prefeito e dizendo que está tudo às mil maravilhas”, justificou Marcílio, anunciando ainda que não disputará a eleição para vereador e que não pretende mais disputar eleições. Ele também expressou arrependimento por ter rompido com Manuca em 2017.

Marcílio criticou a vice-prefeita Luciara de Nemias, afirmando que ela saiu da base governista por não ter sido aceita como sucessora da gestão atual. “A vice-prefeita saiu de lá [base governista] porque não foi aceita pelo grupo a candidatura dela como sucessora da gestão atual, porque se até hoje o prefeito tivesse dizendo que ela era a candidata dele, até hoje ela tava lá fechando os olhos para tudo que tava certo e errado, fingindo lealdade”, declarou.

Ele também expressou sua decepção com a política, mencionando a traição de aliados e a falta de apoio da governadora Raquel Lyra. “Durante o meu trajeto político, eu tive a decepção de aliados que me traíram, vereadores que na outra eleição foi determinante na sua vitória, mas que no meio do caminho me deixou e foi trabalhar para me derrubar. Não tivemos apoio da governadora que ajudei a ser eleita, não tivemos acesso a ações importantes durante esses dois primeiros anos para que a gente pudesse alavancar o nome, e assim a gente teve a decisão em conjunto que era melhor não continuar com a pré-candidatura a prefeito”, concluiu.