Não é novidade para ninguém que o clima está pesado na relação entre poderes em Brasília. A queixa principal dos congressistas é de que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem ultrapassado suas atribuições, interferindo diretamente em pautas sob apreciação da Câmara e/ou do Senado, ‘passando por cima’ de ritos que até então eram seguidos na Capital Federal.
Diante deste cenário, senadores e deputados iniciaram a articulação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que tenha como principal objetivo, averiguar possíveis irregularidades promovidas por membros do STF no exercício de suas atribuições.
“Há muito tempo essa CPI já deveria ter sido instalada. O abuso de autoridade é público e notório, a invasão de poderes e competências que o STF tem promovido. Eles estão trabalhando fora do seu raio de alcance de atuação e causando inúmeros transtornos no Congresso Nacional”, disse o deputado federal Pastor Eurico, em entrevista exclusiva concedida ao programa Cidade em Foco, da Rede Pernambuco de Rádios e ao blog do Alberes Xavier.
“Não podemos ficar aceitando tudo o que seja imposto pelo STF”, disse o deputado, que citou o recente caso envolvendo o deputado federal carioca Chiquinho Brasão, acusado de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco. “Não defendi bandido nenhum! Eu e meus colegas apenas defendemos que ele fosse julgado da forma correta. Ele não foi preso em flagrante e nem preso por crime hediondo… Ele foi preso após uma delação. Se ele for culpado que apodreça na cadeia, mas infelizmente o STF, a serviço da esquerda que mandou prendê-lo”, disparou.
“Estamos lutando em favor da Constituição Federal”, findou o deputado federal Pastor Eurico.