Júnior Campos
Política

Sessão quente na Câmara: oposição pede demissão da secretária de Saúde, base propõe limitar fiscalização e criação de cartilha para vereadores

A sessão da Câmara de Vereadores de Serra Talhada desta terça-feira (7) foi marcada por fortes embates entre vereadores da oposição e da base governista, centrados nas denúncias contra a Secretaria Municipal de Saúde e nos limites da atuação fiscalizadora do Poder Legislativo.

O vereador Antônio de Antenor abriu a sessão com uma fala contundente: revelou ter feito uma fiscalização no Posto de Saúde do IPSEP 1 e denunciou a falta de medicamentos e estrutura inadequada na unidade. A situação, segundo ele, comprova o descontrole na gestão da saúde do município. O parlamentar foi além: pediu a demissão da secretária de Saúde, Lisbeth Rosa, que também é mãe do esposo da prefeita Márcia Conrado.

O vereador China Menezes engrossou o coro das críticas. Cobrou a prefeita para que reveja a permanência de alguns secretários no governo, alertando que “já passou o tempo de estágio”.

Já o líder do governo na Casa, Gin Oliveira, partiu para o contra-ataque. Disse estar “entristecido” com o comportamento da oposição, a quem acusou de agir por conveniência política. Gin defendeu a secretária Lisbeth, exaltou avanços da saúde e desafiou qualquer vereador a provar que Márcia tenha enviado projetos com objetivos pessoais à Câmara. Mas a parte mais polêmica veio no final: anunciou que, a partir de agora, toda e qualquer fiscalização de vereadores deverá ser feita por meio de comissão oficial, aprovada em plenário, em nome da “legalidade” e contra a “pirotecnia política”. “Intimidação a servidores é abuso de poder, e isso é crime”, disparou.

Fechando a linha de discursos, o vereador Tércio Siqueira sugeriu que seja criada uma cartilha orientando os vereadores sobre os procedimentos corretos em casos de requerimentos, indicações, convocações, emendas e prazos regimentais.

A sessão desta terça escancarou o clima de tensão entre base e oposição, colocou em xeque a transparência da gestão da saúde e abriu uma nova fase no Legislativo de Serra Talhada: comissões obrigatórias para fiscalizar e regras mais rígidas para os vereadores da oposição ao fazer oposição barulhenta.

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