Após ser liberada da Colônia Penal Feminina do Recife e ter nova prisão preventiva decretada em menos de 24 horas, Deolane Bezerra, de 36 anos, será levada para outro presídio em Pernambuco.
A influenciadora e advogada, investigada em operação que apura lavagem de dinheiro por meio de jogos de azar e de empresa de apostas, havia sido solta nessa segunda (9) para cumprir prisão domiciliar. Porém, logo após deixar a unidade prisional no Recife, deu declarações à imprensa, desrespeitando a proibição de se manifestar sobre sobre seu caso.
Agora, a advogada ficará na Colônia Penal Feminina de Buíque (CPFB), no Agreste do estado. O município está a cerca de 300 quilômetrosdo Recife e tem aproximadamente 54 mil habitantes.
Na decisão, a juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal da Capital afirmou que a escolha pelo presídio em Buíque tem o objetivo de “resguardar a paz pública”.
“Com vistas a resguardar a paz pública, determino que a investigada seja recolhida à Colônia Penal Feminina de Buíque. Essa medida visa garantir a manutenção da ordem social e assegurar que a investigada esteja em um ambiente mais adequado para a preservação da tranquilidade pública. A escolha pela Colônia Penal Feminina de Buíque se deve ao fato de que, por estar situada no interior, oferece condições que podem contribuir para a estabilidade da situação e para o bom andamento do processo, longe da influência direta e intensa de centros urbanos”, escreveu a magistrada.
A COLÔNIA PENAL FEMININA DE BUÍQUE
A penitenciária em que Deolane ficará está superlotada, operando com 170% de capacidade. Segundo dados da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Sisdepen), o local tem capacidade para 109 mulheres, sendo ocupada por 270. É dividido em dois pavilhões que recebem detentas em regimes fechado e semiaberto.
O espaço tem denúncias em relação a sua estrutura e ao preparo para receber detentas femininas, já que foi projetado para ser uma penitenciária masculina.
CANIBAIS DE GARANHUNS
A influenciadora ficará presa na mesma unidade de duas condenadas pelo caso dos “canibais de Garanhuns“.
Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva fazem parte do trio que chocou o país em 2012. Junto a Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, elas foram presas após confessarem os assassinatos de mulheres da região.
Após ser presa, Isabel confessou o canibalismo e que fazia salgados com os restos mortais das vitimas. Além disso, afirmou que os salgados eram comercializados no município.
Os restos mortais das vítimas do trio foram encontrados na casa onde eles moravam, junto a uma criança de 5 anos, que era filha de uma das vítimas.