A prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado (PT), voltou a ser pauta no cenário político estadual, desta vez em dois contextos estratégicos: a definição da nova presidência da Associação Municipalista de Pernambuco (AMUPE) e os desdobramentos internos do Partido dos Trabalhadores (PT) com vistas às eleições de 2026.
Durante a 1ª Assembleia Extraordinária do ano da AMUPE, realizada nesta semana, o foco principal foi a eleição para a nova presidência da entidade. O atual presidente, Marcelo Gouveia (Podemos), ex-prefeito de Paudalho, deverá enfrentar o prefeito de Aliança, Ermírio Freitas (PP), numa disputa que já demonstra a falta de consenso dentro da associação. A possibilidade de um “bate-chapa” ganhou força, destacando um cenário de divisão entre os prefeitos pernambucanos.
Nesse contexto, o ex-prefeito de Carnaíba e ex-presidente da AMUPE, José Patriota, defendeu a criação de uma terceira via, apontando os nomes de Márcia Conrado de Serra Talhada e Sandrinho Palmeira, prefeito de Afogados da Ingazeira (PSB), como alternativas para evitar um racha na entidade. Márcia, que já presidiu a AMUPE ao lado de Marcelo Gouveia em um mandato compartilhado, foi confrontada pela imprensa sobre a possibilidade de retornar à liderança.
“Sucedemos José Patriota, que foi presidente por dez anos, e isso nos fortaleceu e nos ensinou”, defendeu Márcia.
Ainda durante o evento, Márcia destacou a importância do encontro: “Estar na AMUPE é sempre especial. Hoje tive a felicidade de participar da 1ª Assembleia Extraordinária do ano, ao lado de grandes amigos prefeitos e prefeitas. Foi um momento importante para debatermos assuntos essenciais para os municípios pernambucanos. Seguimos firmes na luta pelas causas municipalistas e pelo desenvolvimento das nossas cidades.”
Os rumos do PT para 2026
Outro tema que colocou Márcia Conrado sob os holofotes foi o futuro do PT em Pernambuco, especialmente em relação às eleições estaduais de 2026. As movimentações internas no partido já indicam divisões: enquanto uma ala defende o apoio à reeleição de Raquel Lyra (PSDB), outra busca se alinhar ao prefeito do Recife, João Campos (PSB).
Quando questionada sobre o posicionamento do partido, Márcia adotou uma postura cautelosa, mas revelou que o tema está em processo de discussão. “Estamos em discussão”, resumiu.
A prefeita também confirmou que mudanças estão previstas nos diretórios do PT em todas as esferas, incluindo o municipal. A relação conturbada entre Márcia e a presidente do diretório local de Serra Talhada, Cleonice Maria, é de conhecimento público, e a prefeita sinalizou que o partido deverá passar por transformações significativas.
“Vai ter diretório novo no PT, tanto municipal quanto estadual e nacional, a partir da metade do ano. Nos próximos 15 dias, teremos reunião com o senador Humberto Costa para que todos os caminhos sejam desenhados da melhor forma e com a maior transparência possível”, pontuou.
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