Depois dos registros de parasitas encontrados no globo ocular de peixes, nas cidades de Custódia e Serra Talhada, um novo fato surgiu em Tuparetama no Sertão do Pajeú, através de um relato feito – em vídeo – por um homem ainda não identificado. Ao compartilhar a imagem do peixe, o mesmo diz ter pego um peixe da espécie traíra.
“Confesso que é muito estranho, pensei que era uma brincadeira que estavam fazendo na internet, mas não. Foi pego uma traíra aqui…então, a traíra está com o olho cheio das larvazinhas mesmo… aqui nós estamos em Tuparetama” e alguém tem que estudar isso. Eu estou com 50 anos e nunca vi isso não”, questiona.
Em Serra Talhada, O coordenador da Vigilância Sanitária, José Elisson Gomes, em nota que a população evite consumir os espécimes de peixes que apresentarem os parasitários.
O que é o parasita do peixe?
De acordo com a Revista Globo Rural, através de informações do Consultor: Euclydes Ruy de Almeida Dias, biólogo e pesquisador aposentado do Instituto de Pesca de São Paulo, as traíras são carnívoras e é comum adquirirem esses vermes quando comem outros peixes ou moluscos, principalmente crustáceos e anelídeos aquáticos (minhocas). Em geral, os nematóides se alojam na musculatura, vísceras ou gônadas dos peixes.
O “verme do olho” ocorre naturalmente em peixes de água doce de diversas regiões do país, como os tucunarés, matrinxãs, traíras, corvinas, carás, jacundás, entre outros peixes de rios e reservatórios. Na realidade, há condições extremamente favoráveis ao desenvolvimento desse parasito nas pisciculturas: águas represadas, presença de caramujos e constantes visitas de aves piscívoras, além de outros fatores externos.