Em entrevista à Rádio Jornal, o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Patriota (PSB), fez um relato sobre a real e atual situação dos municípios do Estado com relação à covid-19. Na mesma entrevista, o ex-prefeito de Afogados da Ingazeira, comentou as críticas que têm ouvido a respeito da implementação de medidas mais restritivas pelo governo para evitar a escalada da doença. De acordo com o socialista, o quadro pernambucano é “gravíssimo” e só poderá ser revertido quando as “disputas miúdas” forem deixadas de lado.
“A situação é gravíssima. Eu até estou jogando mais duro para ver se as pessoas têm mais cristandade. Se deixam de amar mais aos bens materiais e passam a amar mais as pessoas. E quem mais reclama são os endinheirados, pessoas que podem passar vários anos se alimentando do que têm. Todo mundo perde (com a quarentena). O setor público perde, porque deixa de arrecadar, ninguém ganha. Mas a gente nasce e morre nu. O apego aos bens materiais, a falta de apego aos valores cristãos de alguns segmentos é uma coisa que dói na alma”, afirmou Patriota.
Sobre as queixas que alguns prefeitos têm direcionado ao Palácio do Campo das Princesas com relação à distribuição das vacinas no Estado, direcionadas a Prefeitura do Recife, o socialista minimizou.
“Esse assunto foi discutido em reunião com o governador e não são todos os prefeitos que estão se queixando disso. Dois prefeitos levantaram esse tema no encontro, a Secretaria de Saúde explicou os critérios de distribuição das vacinas, o governador disse, inclusive ao lado do Ministério Público, que seria o primeiro a abrir uma investigação sobre o caso se houvesse alguma prova dessa distorção. Claro que as populações de todos os municípios também têm direito, só que cada prefeito, dentro do grupo preferencial de vacinação têm formas de gerenciamento diferentes”, argumentou Patriota.
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