A prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado, tem colocado o Partido dos Trabalhadores (PT) em evidência ao se posicionar sobre questões internas e estratégicas da legenda, tanto em âmbito municipal quanto estadual. Durante entrevista concedida à imprensa da capital pernambucana, em Recife, Márcia jogou luz sobre as discussões acerca do Processo de Eleição Direta (PED) do PT, que definirá as novas direções municipal, estadual e nacional do partido.

Essas movimentações têm ganhado relevância em Pernambuco, onde o partido atravessa um momento de definições estratégicas, envolvendo lideranças de peso como o presidente estadual do PT, Doriel de Barros, e a senadora Teresa Leitão. Entre os pontos de maior destaque está a possibilidade de o PT se aproximar da governadora Raquel Lyra (PSDB) e da base do prefeito do Recife, João Campos (PSB), sinalizando apoio à eventual candidatura deste ao governo do estado em 2026. Além disso, a estratégia prevê garantir que o presidente Lula tenha um único palanque no estado, contrariando especulações de que ele possa dividir apoios entre dois partidos.

Movimentações internas em Serra Talhada

Em Serra Talhada, as discussões em torno do PED também estão aquecidas. Recentemente, o ex-vice-prefeito Márcio Oliveira, atualmente secretário de Assistência Social do município, reuniu-se com vereadores e lideranças petistas, como Manoel Enfermeiro, Giliardi, e Sinézio Rodrigues e Fabinho do Sindicato. Apesar de ter afirmado que a reunião teve um caráter institucional, fontes indicam que as articulações para o PED local já começaram.

Entre os nomes cogitados para a presidência do diretório municipal, o de Júnior Moraes tem sido ventilado, mas ao blog ele descartou a possibilidade. Outro nome que surge como opção é o de Verlene Nogueira, também membro do partido. Já a atual presidente do diretório, Cleonice Maria, enfrenta resistência interna, especialmente no que diz respeito à sua relação com a prefeita Márcia Conrado, o que dificulta sua recondução ao cargo.

Secretários descartados para presidência

No entanto, nomes como os de Fabinho do Sindicato, Sinézio e Antônio da Melancia, que ocupam secretarias no governo municipal, têm pouca chance de assumir o diretório. Isso ocorre porque, segundo o regimento do partido, secretários municipais estão impedidos de acumular a presidência do partido, a menos que deixem seus cargos no Executivo, o que é considerado improvável.

Próximos passos

Nos próximos dias, Márcia Conrado deverá se reunir com figuras de destaque do PT, como os senadores Humberto Costa e Teresa Leitão, para alinhar as estratégias do partido em Pernambuco e fortalecer as discussões locais. A movimentação sinaliza um alinhamento estratégico entre as lideranças estaduais e municipais, preparando o terreno tanto para o PED quanto para os posicionamentos políticos visando 2026.

O Blog continuará acompanhando de perto as articulações e os desdobramentos internos do PT em Serra Talhada e em Pernambuco.