Foram divulgados, nesta quinta (10), os novos Patrimônios Vivos de Pernambuco, em anúncio feito pelo Governo do Estado. São dez nomes de mestres, mestras e grupos que desempenham, através de suas artes e saberes, papel fundamental nas tradições culturais populares do estado. Com os novos anunciados, Pernambuco passa a ter 95 Patrimônios Vivos, presentes em várias regiões, entre eles o cantor Assisão de Serra Talhada.

BIOGRAFIA

Nascido na Fazenda São Miguel, zona rural de Serra Talhada, Assisão desde criança já mostrava talento para cantar e compor. Durante sua adolescência pensou em ser médico, chegou a ir para o Recife estudar no Colégio Salesiano, onde fez curso preparatório para prestar vestibular. Entretanto acabou desistindo antes da conclusão e voltou para sua terra natal, onde permanece até hoje.

O cantor faz parte de uma geração de forrozeiros, entre eles, Jorge de Altinho, Alcimar Monteiro, Flávio José, Novinho da Paraíba, que são os baluartes do verdadeiro forró, o original, aquele de Luiz Gonzaga, de Jackson do Pandeiro, do Trio Nordestino e de Dominguinhos

Sua carreira iniciou em 1962, quando gravou um compacto com quatro músicas de sua autoria. Nesta época ele fazia parte do grupo Azes do Baião. Na década de 1970 tornou-se conhecido nacionalmente, quando assumiu seu apelido Assisão.

Entre seus maiores sucessos estão Pau nas Coisas, Forró Ferruado, Peixe Piaba, Fogueirinha, Alambique de Barro e Pequenininha. Pequenininha foi regravada mais de 250 vezes por outros cantores brasileiros. Teve músicas gravadas por Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, Maciel Melo, Elba Ramalho, Três do Nordeste e outros nomes de destaque do regionalismo nordestino. Com uma carreira consolidada ao longo de mais de 50 anos de atividade, é considerado um ícone da música regional e é chamado popularmente de “rei do forró”.

Segundo o professor Paulo César, escrevendo em 2012, “aos 70 anos de idade, o cantor possui um currículo extenso, pois além de ser um grande compositor e cantor, ele é também um inovador. Assisão foi um dos primeiros forrozeiros a introduzir, ainda nos início dos ano 80, os sons produzidos pela guitarra, baixo, teclado e bateria nas suas músicas, mesmo com essa nova roupagem ele não deixou de produzir o autêntico forró”

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