O blog recebeu, nesta semana, um apelo emocionado da senhora Gecicleide Alves de Aquino, moradora de Serra Talhada e mãe de uma criança autista, denunciando falhas graves no transporte público que, segundo ela, têm prejudicado diretamente a rotina de tratamentos do filho.
“Sou usuária do transporte público junto com meu filho autista, e desde ontem estou esperando o ônibus passar no meu bairro e ele não passou. Isso fez com que meu filho perdesse as terapias e uma consulta. Hoje, novamente, fui ao ponto e esperei por várias horas, mas nem sinal do ônibus. Mais uma vez, meu filho está sendo prejudicado por responsabilidade do dono do ônibus e da Prefeitura de Serra Talhada”, relatou Gecicleide ao blog.
O ponto de parada utilizado por ela fica na BR-232, nas imediações da Casa Bandeirantes, seguindo até o centro da cidade, na Rua 15.
De acordo com a denunciante, a ausência do transporte obriga famílias de baixa renda a recorrerem a alternativas mais caras, como mototáxis, o que compromete o orçamento doméstico: “No meu caso, sem transporte público, preciso usar mototáxi. E pra quem ganha um salário mínimo é muito pouco. Muitos mototaxistas, inclusive, não querem levar crianças.”
Ela ainda afirmou que, segundo boatos que tem ouvido, o proprietário do transporte público teria procurado a Prefeitura para buscar um entendimento, mas que não houve acordo. “A maioria dos usuários são idosos e pessoas com autismo. Espero, de coração, que essa situação tenha visibilidade. Estou em busca de melhorias para meu filho, já que muitas mães se calam por não conseguirem nada em troca”, desabafou.
POSIÇÃO DA PREFEITURA
Procurada pela nossa reportagem, a assessoria da Prefeitura de Serra Talhada informou que, caso o serviço em questão seja de transporte público regular, ele é de responsabilidade da empresa contratada, e não diretamente da gestão municipal.
Ainda segundo a Prefeitura, a STTRANS (Superintendência de Trânsito e Transportes) pode emitir uma solicitação formal à empresa para apurar se está cumprindo a rota estabelecida. “Vamos sim dar conhecimento do caso à STTRANS e buscar, de alguma forma, resolver esta questão”, destacou a assessoria.
A redação do blog seguirá acompanhando o caso e buscará ouvir a empresa responsável pela linha em questão, assim como cobrará providências por parte dos órgãos competentes, sobretudo diante da vulnerabilidade das pessoas diretamente afetadas.
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