A audiência de instrução e julgamento do caso que apura o assassinato do menino Arthur Ramos Nascimento, de apenas 2 anos, foi realizada nesta semana e marcou mais um capítulo de dor e busca por justiça no município de Tabira, no Sertão do Pajeú, em Pernambuco. Após o fim da audiência, a advogada criminalista Isabela Brito, que representa a mãe de Arthur, Giovana Ramos, e atua como assistente de acusação no processo, deu uma declaração forte e comovente em suas redes sociais, que o blog Júnior Campos publica o conteúdo em primeira mão.

“Foi uma audiência muito difícil, muito complexa, tanto por questões processuais quanto emocionais”, relatou a advogada. “O processo é extenso, com a imputação de vários crimes, além de um número significativo de testemunhas, peritos e policiais ouvidos. Mas o que mais pesa é o aspecto humano: estamos falando da morte brutal de uma criança de apenas dois anos.”
Isabela destacou que o assassinato de Arthur não se resume ao crime de homicídio. Segundo ela, o processo também investiga indícios de maus-tratos, abusos e outras práticas violentas cometidas antes da morte da criança. “Os fatos que envolvem esse processo são muito mais complexos do que qualquer trâmite jurídico. Eu nunca acompanhei um caso, seja na defesa ou na assistência à acusação, que envolvesse tamanha crueldade.”
A advogada justificou a pouca visibilidade pública do caso até agora pelo fato de o processo tramitar em segredo de justiça, o que limita a divulgação de informações. No entanto, garantiu que todas as medidas estão sendo adotadas. “Todas as provas foram produzidas. Os laudos periciais estão no processo, os peritos foram ouvidos para esclarecer cada ponto. A Polícia Civil de Itabira teve atuação diligente, o Ministério Público, o Juízo… todos cooperaram para que a justiça seja feita de forma plena e sem margem para impunidade.”
Ainda emocionada, Isabela Brito afirmou que continuará ao lado da mãe de Arthur até que o caso chegue ao seu desfecho. “Eu e a doutora Luciana atuamos desde o início, desde a primeira diligência policial, como vozes de Arthur. E seremos essa voz até o plenário, ou até onde for necessário.”
Relembre o caso
Arthur Ramos Nascimento foi encontrado morto no dia 16 de fevereiro de 2025, na cidade de Tabira. A criança apresentava sinais evidentes de agressão e foi localizada na casa onde vivia sob os cuidados de um casal, enquanto sua mãe trabalhava. O casal, identificado como Giselda da Silva Andrade e Antônio Lopes Severo, era de confiança da família.
Dois dias após o crime, os suspeitos foram localizados na zona rural de Carnaíba, cidade vizinha. Antônio Lopes, no entanto, foi linchado por populares antes que pudesse ser encaminhado à delegacia e faleceu no hospital. Giselda foi presa e aguarda julgamento.
A investigação do caso é conduzida pela delegada Joedna Soares e teve forte comoção social em Tabira e em toda a região. O caso está sendo tratado como prioridade pelas autoridades, dada a brutalidade dos fatos e a repercussão entre os moradores do município.
Imagem: Reprodução redes sociais
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